Mas antes
de falar do hotel, vamos contar como chegamos até ele.
Nos posts
dessa viagem vocês vão notar algo muito diferente assim como nós também estamos
notando desde o planejamento até a vivência da viagem. Estamos viajando com
bebê!
A
preocupação da vez era que a Heloisa dormisse durante os vôos e decisão mais
óbvia era dar Dramin para ajudar a relaxá-la. Tomamos, porém, uma decisão
prudente e a Fabi consultou a pediatra que disse para tentar dar esse
medicamento mesmo, mas recomendou que testássemos antes. Esse foi o pulo do
gato. A Helô ficou super agitada e foi difícil fazê-la dormir nessa noite. A
pediatra, então, recomendou um anti-alérgico que funcionou melhor no teste
prévio e, conversando com o farmacêutico a comprar esse novo remédio, disse que
realmente há relatos de o Dramin deixar a pessoa mais desperta. Não vou
compartilhar o nome do anti-alérgico aqui porque é realmente importante
consultar o médico do seu filho para fazer a coisa certa.
Pois bem,
nosso vôo estava marcado para às 21:00 de sexta-feira e, pela experiência de a
Fabi ter perdido um vôo das 21:20 em uma sexta-feira recente, resolvemos sair
mais cedo. Foi o suficiente para chegarmos a tempo de dar o jantar da Helô mas
só porque o vôo atrasou meia hora. Não fosse isso, chegaríamos e entraríamos
direto no avião. Sexta-feira tem sido um dia definitivamente complicado para
voar por Guarulhos.
Como
compramos nossas passagens com milhas da United, a injeção na testa foi voar
até Washington DC (10 horas) e, após conexão relativamente curta de 2:25, novo
vôo de 3:30 voltando para o México.
A pergunta
é: o anti-alérgico funcionou na Hora H? Sim! Funcionou até de mais! A Helô
dormiu depois de mamar, seguindo a rotina normal e, mesmo dormindo toda
desconfortável no colo da mãe, foi direto até acenderem as luzes do avião para
passar com o café da manhã. E ainda acordou com aquela cara de “Quem mandou
acenderem as luzes? Será que ninguém notou que tem uma bebê tentando dormir
aqui?” e dormiu de novo.
Meu tablet
com o milagroso “Galinha Pintadinha” só foi usado no início do vôo para Cancun,
antes que ela dormisse de novo.
A viagem,
em relação à Helô foi perfeita. Ela não nos deu trabalho algum. Mas a United,
em compensação... eu me senti voando no 14-bis. Avião velho e apertado (mais
que o normal). Comida horrível (mais que o normal). O ponto alto foi um
comissário de vôo, já senhor, que nos tratou super bem durante todo o tempo,
mas tenho certeza que foi por conta da bebê.
Para não
fugir da rotina, a conexão teve emoção. Como eu comentei antes, tínhamos 2:30
de conexão em DC, sendo que o vôo saiu meia hora atrasado, teríamos que fazer
imigração, pegar as malas, passar pela alfândega, trocar a fralda da Helô,
passar pelo security novamente, correr até o gate (para quem conhece o
aeroporto de Dules, é uma construção antiga mas muito grande sendo que se pode
dar o azar de ter que se movimentar de um terminal a outro de ônibus). E com um
detalhe de que estávamos sentados na penúltima poltrona do avião e, até que
conseguíssemos sair do avião e colocar a Helô no carrinho, já seríamos os
últimos. E realmente o fomos. Como o aeroporto é antigo, os corredores que
levam do gate até a área de imigração, são muito estreitos e não conseguimos
fazer nenhuma ultrapassagem. Então, fomos os últimos a fazer a imigração, a
pegar nossas malas sozinhas abandonadas no saguão, passar pela alfândega e
security. Isso não foi suficiente para nos fazer perder nosso vôo, mas, de
novo, foi bem corrido. Compramos algo para comer e já entramos no avião (mesmo
se tratando de um vôo internacional, não havia comida no vôo, nem para quem
quisesse pagar por ela). Mas creio que o fato de termos sido os últimos a fazer
todas essas coisas e estarmos sozinhos nas respectivas áreas no aeroporto e com
uma bebê linda que mexia com todo mundo nos proporcionou algo que eu nunca
tinha visto antes nos EUA em minhas dezenas de viagens para aquele país. Todos
os funcionários foram educados e atenciosos conosco.
Eu já ia me
esquecendo de mencionar que, ao embarcarmos em São Paulo, a Fabi entregou os
bilhetes de DC para Cancun e, por incrível que possa parecer, isso não foi
detectado no padrão de qualidade e acabamos nos sentando em lugar errado e, o
pior, estávamos sem os bilhetes do segundo trecho, lembrando que teríamos um
tempo curto de conexão. Por sorte, havia um balcão da United na área de bagagem
em Dules e a moça, educadamente, os reimprimiu para nós.
Chegando no
México, após passar pela demoradíssima imigração e ter um labrador literalmente
babando na minha mala de mão procurando por drogas ou comida in natura, o que
vimos foi um mar de guias turísticos, vans e o que mais de profissionais do
ramo do turismo angariando seus novos clientes.
Nesse
momento, a ficha caiu: Estamos em Férias! Em Cancun!
Tínhamos
contratado, previamente, o traslado com o hotel com custo de US$ 28 por pessoa
(ida e volta) para pagar diretamente no hotel. A condução é coletiva, mas já
conhecemos bem isso e trata-se de uma van que leva até sua capacidade máxima
(todos sentados) diretamente ao hotel. Acabamos dividindo a condução com um
simpático casal de americanos que vieram para o casamento de uma sobrinha.
Pesquisando
no aeroporto, o serviço de taxi sairia por US$ 25 por pessoa (ida e volta)
contratando diretamente no local.
Chegamos ao
hotel. Por fora, olhando da rua, não é um hotel que impressione, mas, por
dentro, a situação é bem diferente. Trata-se de um hotel grandioso, com
decoração muito bem escolhida seguindo a mesma temática dos restaurantes da
rede Hard Rock e com funcionários prestativos por todos os lados, esperando
pela sua parte da gorjeta. Logo que chegamos, tivemos um incidente com a fralda
da Helô e, na correria, uma senhora da limpeza que notou que o nariz dela
estava escorrendo e logo chegou com lencinho para que pudéssemos limpá-la. Esse
gesto pode parecer simplório, mas já deixou claro o tipo de atendimento que
teríamos a partir daquele momento. O Hard Rock Hotel ganhou mais um ponto
conosco e a moça da faxina merece um reconhecimento deles já que não chegou a
receber nossa gorjeta.
Problema da
fralda resolvido, deixamos a Helô explorar o local e ela adorou! Ficou em
êxtase correndo pelos corredores do hotel. Corria sem rumo, gritava e mexia com
todos os que passavam. Figura!
Não conseguimos
disponibilidade imediata de quarto já que o check-in é a partir das 15:00 e
fomos almoçar no “The Market”, um dos restaurantes All-inclusive do hotel
enquanto esperávamos receber um email de liberação do quarto através do Wi-Fi
grátis disponível e acessívem por toda a extensão do hotel.
Ficamos
bastante satisfeitos com a quantidade de opções disponíveis no buffet do The
Market que, embora a maioria não agradasse nosso paladar, a grande variedade
certamente atendeu à nossas necessidades e as da Helô. Uma preocupação que
tínhamos era quanto ao tempero forte e bastante apimentado, típico dos
Mexicanos. Mas, surpreendentemente, a comida é até um pouco insossa e sem
pimenta nenhuma.
Enquanto terminávamos
de almoçar, chegou o email e subimos para nosso quarto que não é tão grande,
mas o suficiente e com vista frontal para o mar. Bom, o tamanho suficiente é
para mim e a Fabi, porque a Helô botou pra quebrar e correu por todos os cantos
do nosso quarto explorando cada pedacinho, inclusive a pequena varanda, com
parapeito em vidro alto o suficiente para mantê-la em segurança.
Conversando
com uma pessoa do customer care center na semana anterior à nossa chegada,
descobri que o hotel estava com uma promoção em que o pacote oferecido para
crianças (incluindo berço, banheira, fraldas, papinha doce, lencinhos
umedecidos, horas de babá, kit de brinquedos para praia) e que custa US$ 270
estava sendo dado gratuitamente. Para isso, bastava acessar um endereço do site
do hotel (não tem link na página principal) e preencher um formulário. Claro que
eu fiz isso, e me pareceu ser algo tão excluviso que nem os funcionários do
hotel pareciam entender do que se tratava. Tive que falar com 5 pessoas
diferentes no hotel e só consegui me fazer entender depois que perdi a
paciência e deixei isso muito claro para meu quinto interlocutor. Meia hora
depois, chegou a comitiva no nosso quarto com toda a parafernalha que tínhamos
direito.
Mais para o
final do dia, após mais uma soneca da nossa pequena, fomos para o mar e a
piscina. Tente adivinhar se a Helô, que não conhecia o mar, ficou assustada. Pelo
contrário, ela ficou encantada com tudo isso e queria se jogar na água. Adorou pular
as ondas no nosso colo e a diversão só aumentava quando alguma onda um pouco maior
quebrava em cima de nós cobrindo seu rosto de água salgada.
Não preciso
dizer que o mar por aqui é de uma limpeza extraordinária e que a água é morna
com areia fofa e fria a despeito do forte sol que fazia. Havia ondas, sim, mas
muito pequenas, suficientes apenas para nos fazer segurar nossa bebê de 1 ano
um pouquinho mais alto. Há várias opções de atividades bem aqui em frente do
hotel, o que inclui passeio de para queda puxado por lancha e jet ski.
Saindo do
mar, fomos curtir uma das piscinas do hotel, com água aquecida (nem precisava)
e muito rasa que, embora não seja a piscina exclusiva de crianças, era a opção
perfeita pra Helô que teve mais alguns instantes de pura diversão.
Ao lado da
piscina há um quiosque de pizza com rápido atendimento e bastante saborosa. As opções
de cerveja no hotel, como era de se esperar, não são as melhores e incluem,
exclusivamente, Corona (para mim, a pior cerveja do mundo) e XX (Dos Équis)
Light. Insistindo, eles entregam que têm chopp XX que é uma opção melhor e
acabou salvando o paladar.
Um ponto
fraco do hotel e que acredito ser padrão em Cancun é que a área do hotel não é
lá muito grande devido à massiva oferta de hotéis, todos lado a lado, e isso
acaba por comprometer a quantidade de opções de lazer e de gastronomia. Isso tudo
em comparação com Punta Cana que é um local no Caribe que também conhecemos e
que tínhamos que andar de trem para irmos até algumas das opções do resort, o
que incluiam alguns restaurantes.
Os funcionários,
porém, figuram o ponto alto do hotel. Todos muito simpáticos e prestativos.
No Hard
Rock Cancun, há 5 opções de restaurante: The Market (restaurante principal com
buffet e jantar típico a cada dia da semana), uma cantina italiana, um
restaurante asiático e que preparam o prato no balcão (chapa) a nossa frente,
um mexicano e o Ipanema, brasileiro, que, embora tenha nome carioca, tem os
garçons caracterizados de gaúchos.
O Ipanema é
o restaurante de maior destaque no hotel, ficando em um local de evidência e
deveria ser muito bom. Acho que, principalmente esse tipo de hotel com
belíssima infraestrutura e que recebe, diariamente, centenas de visitantes de
todo o mundo, deveria estudar melhor as culturas para oferecer um ambiente
realmente próximo do que se propõe em seus restaurantes. Como a fila de espera
nos restaurantes italiano e asiático estavam bem grandes, resolvemos ir
conhecer o brasileiro, embora meu amigo que me indicou o hotel já houvesse
falado mal dele. Enfim, nos arrependemos. Começando que o restaurante de nome carioca
e com garçons “gaúchos” tinha uma mesa de acompanhamentos muito ruim
(qualidade, variedade e similaridade com a cozinha brasileira), passando pelos
tipos de carne servidos (frango, linguiça, picanha, fraldinha, alcatra, frango
com bacon, abacaxi com canela e só), pela forma com que a carne é cortada, e
sabor das mesmas que todas pareciam ser a mesma coisa (em teste cego, daria
empate), finalizando com o tempero da picanha assada sem a gordura que, ao
invés de sal grosso, levava chimichurri. O sorvete do petit gateau estava bom.
Para fechar
a noite, fomos até a atração do dia, no anfiteatro, assistir ao “Circo com Rock”.
Animal! Excelentes músicas interpretadas por excelentes músicos (Rock’n Roll) e
ótimos artistas circenses apresentando impressionantes números de acrobacia. Recomendamos!
A Helô
estava tão cansada que adormeceu ao som do Rock’n Roll, que, por sinal, é a
trilha sonora do hotel por toda a parte que vamos com uma seleção excepcional
de músicas e que combina com a decoração do hotel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário