Hoje o dia começou quente. Não a
temperatura porque pegamos um friozinho e chuva fina pela manhã. O calor foi no
aeroporto. Chegamos no horário previsto (6 da manhã) e fomos para a imigração
enfrentar uma fila de mais de 1 hora. Acho isso um enorme desrespeito com os
turistas que vêm para os EUA gastar dinheiro e ajudar a movimentar essa
economia que, sabemos, não está mais lá aquelas coisas.
Depois, pegamos nossas malas que
já deviam estar girando na esteira há bastante tempo e passamos pela alfândega.
A moça no avião disse que o formulário da alfândega deveria ser preenchido por
família. Então, preenchemos apenas 1. Não vou mais fazer isso e não recomendo
que façam. Me explico: passando pela alfândega, o senhorzinho pediu o papel
para a Fabi e eu vinha atrás com nosso único formulário preenchido. Ele pediu
novamente e eu entreguei o meu a ele explicando que tínhamos apenas esse.
Embora isso não fosse errado, ele deve ter se enfezado (estava claro na feição
dele) e pediu para passarmos pelo pente fino. Essa foi a primeira vez que tive
que passar por esse procedimento em tantas vindas para esse país. O rapaz que,
obviamente, era mal educado, abriu nossas malas procurando por comida. Após ter
fuçado bastante e não encontrado nada, ele simplesmente ia fechando as malas do
jeito que tinha deixado. Pedi para ele deixar que eu fechasse e se ele iria
embalar a mala com plástico novamente (que ele cortou tudo), mas eu já sabia a
resposta que seria um não em tom de desdém. Logo na sequencia, deixamos as
malas na esteira para que encaminhassem para o nosso próximo vôo para Miami e
antes que eu pudesse concluir a pergunta de se o rapaz podia re-etiquetar a
mala com “frágil”, a mesma já tinha sido arremessada na esteira. Xinguei
bastante esse cara e todos os outros funcionários mal educados que eu via pela
frente, claro que em português, e isso me aliviou para o passeio que me
esperava em NYC.
Do aeroporto de Newark para
Manhattan, é necessário pegar o AirTain que serve os terminais do aeroporto e
liga à estação de trem da Amtrak. O trecho do trem para Manhattan custa US$
12,50 por pessoa e a parada é feita na Penn Station, na rua 34.
Chegamos debaixo de uma chuva
fina, o que nos forçou a comprar um guarda-chuva, mas que, por sorte, foi muito
pouco usado por nós. Nossa primeira parada foi na Times Square onde tomamos
nosso café da manhã e caminhamos até o Rockfeller Center. Como isso era antes
das 10:00, muitas lojas estavam fechadas. Então, depois voltamos para a Times
Square para conhecer a loja do MMs. É impressionante como eles podem fazer
tanto sucesso com apenas um produto! No caminho, passamos pelos estúdios da NBC
e vimos a gravação do Today Show. Da mesma forma que o jornal Bom dia São Paulo
tem a parede do fundo do estúdio de vidro mostrando a ponte estaiada em São
Paulo, o Today Show tem a parede de vidro mostrando o Rockfeller Center e a
diferença é que o estúdio fica no térreo e o povo fica todo na rua tentando
aparecer na TV.
Pegamos o metrô e fomos até o
memorial do World Trade Center. Comemos uma pizza muito boa num lugarzinho
apertado em rua pouco movimentada. Antes disso, tínhamos conseguido entradas
para o memorial e fomos para lá logo após o almoço. A segurança para entrar no
local é impressionantemente chata e burocrática. Entendo a preocupação dos
americanos e não acho errado. Mas tem coisa que não ajuda em nada a segurança e
só gera chateação. Por que eles pedem para mostrarmos o ticket em 6 pontos
diferentes? Pegamos o ticket de graça na rua sem controle algum. Que diferença
isso faz? Enfim, o memorial ficou bem legal, com 2 grandes “piscinas” onde
ficavam as antigas torres gêmeas. Descobrimos que o WTC era composto de alguns
prédios e não apenas pelas torres gêmeas, embora essas fossem as principais. O
local está todo em obras e estão construindo 7 novas torres. A maior delas será
maior que as originais e as outras, em tamanhos menores.
De lá, fomos caminhando até a
ponte do Brookling e a atravessamos. A vista é compensadora, mas é bom estar
preparado para essa aventura. A ponte é extensa e a caminhada para a estação de
metrô mais próxima é longe. Suficiente para me dar bolha no pé. A ponte do
Brookling foi a primeira ponte com estrutura de aço construída nos EUA e era,
na época da inauguração, a construção mais alta de Nova Iorque.
Fomos de metrô até a parte norte
do Central Parque que ainda não conhecíamos, mas não tivemos muita energia para
caminhar muito. Ficamos sentados num banco por alguns instantes e voltamos para
o aeroporto.
O vôo para Miami foi tranquilo
embora tenha sido bem apertado e tivemos certa dificuldade para encontrar
nossas malas. Como tínhamos ficado muitas horas em conexão em NY, por algum
motivo, eles enviaram nossas malas antes que ficaram retidas com o pessoal da
United após ter ficado, provavelmente, rodando na esteira por longo tempo. O
problema é que, embora suspeitássemos disso, a moça que, seguindo o padrão
americano de serviços de baixo custo (o que enquadro os aeroportos) era
preguiçosa e mal educada, nos fez esperar até não ter mais malas nas esteiras e
pessoas no aeroporto e, após 1:30 aguardando na frente da esteira, resolveu olhar
no quartinho dela e nos trouxe as malas como se estivesse salvando o mundo.
Pegamos um taxi e viemos para o
hotel que é muito bem localizado, mas bem simples. O dono do hotel que nos
recepcionou é gente fina pelo menos. O dia foi bem longo e espero conseguir
relaxar essa noite.
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