sábado, 27 de fevereiro de 2016

Dia 04 – Dubai / Cingapura – 24/02/2016

Acordamos bem cedo para pegar o vôo das 9:30 para Cingapura. Praticamente abrimos o restaurante às 6:30 para o café da manhã enquanto a recepcionista pedia o taxi para nós. A recepcionista disse que era preço fechado para o aeroporto por AED 90, mas o taxista disse que só fazia a corrida pelo taxímetro e que sairia por algo em torno de AED 70 e foi o que realmente pagamos.

Agora, entrando no aeroporto e durante o dia, pudemos ter uma experiência melhor, conhecendo mais seu interior. A experiência no check in foi muito boa. Fomos muito bem atendidos (muito diferente da experiência nos aeroportos dos EUA) e o atendente nos colocou em uma fileira de três assentos, deixando um livre para a Helô. O que facilitou foi que o vôo tinha 50% da ocupação apenas. E pudemos realmente constatar isso.

Na área de embarque tem um espaço para as crianças brincarem e a Helô se divertiu. Ponto positivo para o aeroporto. O ponto negativo, porém, é em relação aos banheiros que são em número reduzido, insuficientes para a quantidade de gente que transita pelo local, gerando filas e muito mal cheiro. Além da qualidade em si que é muito inferior à dos banheiros das estações do metrô por exemplo.

Outro ponto negativo, mas que o aeroporto não tem culpa é a falta de respeito das pessoas que não conseguiam ver que estávamos com um bebê no colo e não davam espaço para embarcarmos com tranquilidade no ônibus que nos levou até a aeronave em um tempo cronometrado de 13 minutos. Com isso, dá para se ter uma ideia de como o aeroporto é grande.

A Helô dormiu logo que embarcamos. Também, não era para menos. Ela acordou muito cedo, coitada. Mas, quando veio o almoço, vimos que era arroz branco, cenoura, brócolis e frango. Tudo o que ela come em casa. Nós a acordamos para comer, mas não quis comer quase nada. Ela passou acordada o resto do vôo, mas não quisemos dar remédio novamente para ela dormir. Fez um pouco de bagunça em alguns momentos, mas totalmente gerenciável.

Dessa vez, perguntamos antes se, no aeroporto de Cingapura, o carrinho de bebê era levado na porta do avião ou se buscávamos na esteira junto com as malas e a equipe da Emirates nos disse que estaria na esteira com as malas. O problema é que não tinha outra opção a não ser levar a Helô, dormindo, no colo até a esteira das malas, passando pela imigração.

Duas dicas: a primeira é que o formulário de imigração é para 100% das pessoas, incluindo bebês. A comissária de vôo disse que não precisaria preencher para a Helô, mas, chegando no guichê, tivemos que voltar para preencher o formulário dela e depois pegar fila novamente. A segunda dica é que os carrinhos de bebê não ficam, de fato, na esteira de bagagem. Eles ficam numa área à parte, dentro do saguão das bagagens, identificada por “Odd Size”, ou seja, tamanhos fora do padrão. É uma área similar à do terminal 3 de Guarulhos.

Enquanto esperávamos as malas, já vimos a Lilian, prima da Fabi, nos aguardando toda ansiosa no desembarque. Passada a “festa” do reencontro, pegamos um táxi até o apartamento dela que é onde vamos ficar hospedados enquanto em Cingapura.
No caminho, me surpreendi que aqui em Cingapura o trânsito é de mão inglesa. Experiência interessante. Não podemos nos esquecer de que temos que olhar para os lados inversos nas ruas ao atravessar.

Chegando no apartamento da Lilian, fomos muito bem recebidos por ela, claro, e pelo Ricardo, um brasileiro de Jundiaí, quem divide o apartamento com ela. E, de alguma forma, também, pelo Nuno, um português que divide o apartamento com eles e que gentilmente cedeu o apartamento nesses dias (está ficando em outro apartamento de alguém e que está desocupado nesse período) para que pudéssemos nos acomodar melhor.
A Helô não quis comer nada e foi dormir só com o leitinho da noite claro que não antes de fazer uma farra de reconhecimento no apartamento.

Dia 03 – Dubai – 23/02/2016

Hoje fomos conhecer a Marina de Dubai. 2 estações ao sul e estávamos na DAMAC Properties. Lá, tem conexão com um outro metrô que roda apenas na região da marina e que, por sua vez, conecta com o monotrilho atravessa a ilha artificial The Palm (em forma de palmeira) e vai até o ultra luxuoso complexo Atlantis. Nesse complexo existe um aquário com show de golfinhos, parque aquático e um hotel espetacular.






Tínhamos pouco tempo já que às 15:00 o guia nos pegaria no hotel para o passeio no deserto. Então, não sei se valeu a pena ter pego o monotrilho já que tivemos tempo para algumas poucas fotos do Atlantis The Palm por um preço de AED 25 cada para ida e volta.

Na volta, passeamos pela bela marina e almoçamos em um dos vários restaurantes do entorno.





Na nossa última experiência no metrô em Dubai, tivemos uma situação. Eu já vinha notando que um dos cartões do metrô não estava passando na autenticação do metrô da marina. Mas, como ali é do sistema europeu, onde só se valida o bilhete e não há catracas, não chegamos a ter problema. Porém, na hora de conectar com o metrô principal, a catraca não abriu para a Fabi e não tinha ninguém para ajudar. Ela foi na bilheteria pedir ajuda e o funcionário disse que provavelmente ela não tinha feito o checkout em alguma estação e que ela teria que voltar lá. Hein? No meio tempo, eu deixei a Helô ficar passando por baixo da catraca várias vezes para ver se acontecia alguma coisa. Cada vez que ela passava, uma sirene disparava mas ninguém aparecia. Então, a solução foi que a Fabi passou de carona com uma pessoa e entramos no trem. Para sair da estação, tivemos problema novamente, mas eu chamei o rapaz da bilheteria e tivemos mais sorte. Ele simplesmente abriu a catraca e eu pude sair.

Chegamos no hotel faltando 5 minutos para às 15:00 e o guia já estava lá. Compramos um passeio privado para o deserto com a Dubai Private Tours já que algumas companhias não aceitam crianças e também porque não sabíamos como a Helô iria se comportar. Fomos em um Toyota 4x4, e a agressividade do guia na direção na estrada era um prenúncio de como seria no deserto. Pausa para o banheiro e suvenires em uma lojinha já no deserto, próxima ao início da aventura e também para o guia murchar os pneus do carro para ter mais aderência na areia.



Como estávamos com a Helô, eu achei desnecessário avisar que o passeio deveria ser sem emoção, mas achei errado. Rodas na areia, a emoção começou a todo vapor. De cara, o guia subiu uma rampa de areia e desceu na mesma velocidade. No instante seguinte, estávamos sendo jogados conta as portas direitas do carro devido à forte curva e inclinação para a esquerda. Areia voava por todos os lados. Hora cobrindo toda a lateral direita do carro, hora o lado oposto. A Helô? Só gargalhava. Quanto mais ela ria, mais o guia enlouquecia e mais ela ria. Às vezes pedíamos para ele dar uma maneirada, mas ele dizia que ela estava gostando. Em alguns momentos, ela pedia para parar, mas quanto mais ele acelerava, mais ela ria. Foi bem divertido. Até que paramos no alto de uma duna para fotos. Tiramos ótimas fotos e fizemos “sand board”. Até a Helô entrou na brincadeira e adorou brincar na areia.








Lá já era o final da aventura nas dunas e fomos para o camping beduíno onde nos divertimos mais um bocado. Pra começar, fomos andar de camelo. A Helô, depois de toda a aventura nas dunas, dormiu, mas foi o camelo levantar e começar a sacolejar, ela acordou e se viu em cima do camelo no colo da mãe. Já acordou se divertindo de novo. A experiência no camelo é interessante, mas cheia de trancos. Ainda bem que o passeio é bem curto, somente para experiência mesmo.




Depois, nos vestimos com roupas típicas árabes para fotos. De fato, é bem quente de baixo dessa roupa toda. O povo beduíno devia se vestir assim para não fritar no sol do deserto, mas certamente assava aos poucos.



Helô e Fabi fizeram tatuagem de hena.



Uma experiência que não tivemos foi apreciar o pôr do sol do deserto porque o tempo nublou. Mas, mesmo assim, subi nas dunas para fotos do céu em chamas que ficou muito bonito.




Depois tiveram as comidas que não são muito diferentes do que conhecemos e gostamos. Churrasco de frango e kafta, e mesa com os pratos frios e quentes com direito a arroz branco. Nos intervalos, tiveram rápidas apresentações de dança e a Helô sempre roubando a cena dançando junto ao lado do palco / tablado. Por falar nisso, a Helô foi conversar com as crianças ao redor, mas ninguém a entendia. Para a próxima viagem, vamos ter que ensinar algumas coisas básicas em inglês para ela.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Dia 02 – Dubai – 22/02/2016

Hoje o dia começou tenso. A Helô não tomou o leite e nem quis comer conosco no café da manhã. As dores de barriga voltaram e ela deu uma golfada dentro da mala sujando algumas roupas dela e a mala. Com isso, saímos do hotel por volta das 11:00.

Perguntamos na recepção do hotel sobre como chegar ao Golden Souk e a moça disse, veementemente, para irmos de taxi porque teríamos que fazer baldeação no metrô e certamente nos perderíamos. Mal sabe ela. Claro que fomos de metrô. Basta descer do metrô da linha vermelha na estação Burjuman e pegar o da linha verde sentido Etisalat mas descer na estação Al Ras. Saindo da estação, de costas para o canal, vire à esquerda e você já estará passando pelas lojas do Golden Souk. Virando, depois, à direita, você verá o “City of Gold”, uma rua coberta cheia de lojas de ouro. Caminhando mais um pouco, encontra-se uma rua similar, mas com especiarias e algumas poucas lojas de souvenires. Compramos os nossos lá.




Como, ao descer do metrô, não sabíamos para que lado ir, escolhemos a direita (errado) e passamos por algumas ruelas das quais turistas passam longe. Passamos por lá bem na hora da chepa e pudemos presenciar o pessoal “brigando” pelas respectivas marmitas. Foi lá também que me surpreendi ao me dar conta que pedi informação em inglês a um entregador de carga e ele respondeu, também em inglês, na maior naturalidade. Não me espantaria saber que o inglês dele é melhor que o meu.

Nossa visita não foi muito longa e voltamos para almoçar no Mall of Emirates para procurar alguma comida que agradasse a Helô de forma inequívoca.

Pausa para explicação do metrô. As estações aqui são muito modernas e limpas. Sim, muito limpas. E modernas. Todas contam com esteiras rolantes para nos auxiliar a atravessá-las. Pense nas estações da CPTM de São Paulo que ficam na Marginal Pinheiros. Agora pense que há entrada por ambos os lados do rio. É mais ou menos essa a distância que tínhamos que percorrer para atravessar as estações.



Mas temo que essas regalias deixam as pessoas preguiçosas. Isso porque os elevadores das estações são muito concorridos. Nós, que estávamos sempre com o carrinho de bebê, não tínhamos outra opção a não ser carregá-lo nas costas pelas escadas. Mas a grande maioria das pessoas que brigam pelos elevadores não precisa usá-lo. Falando em elevador nas estações, todas elas o têm. Se você não encontrou é porque não procurou direito. E isso aconteceu conosco pelo menos 2 vezes. Descobrimos só depois de estar suando ao carregar o carrinho na mão escada a cima ou a baixo.

Tem um ticket para turistas que nos foi muito útil nesse primeiro dia em Dubai. Paga-se AED 22,00 por pessoa para utilizar todos os transportes públicos sem limite até a meia noite. Como as estações são divididas em zonas e o Gold Souk fica a 2 zonas de distância, teríamos que pagar AED 14,00 por pessoa somente pela viagem de ida e volta. Mas usamos muito mais metrô do que isso.

Só não usamos metrô, e nem taxi, do Mall of Emirates ao Madinat Jumeirah. Fomos a pé enquanto procurávamos um taxi. Não passou nenhum e a pernada foi longa.

Mas depois falamos disso. Agora vou falar do almoço da Helô. O Mall of Emirates é grande, moderno, bonito, com boas lojas, mas espera aí. Você não iria a Dubai para passear em shopping, iria? Pois é, nós, definitivamente, não. Só queríamos almoçar. Na falta de arroz branco e algum legume ou carne que ela está acostumada a comer, compramos uma de suas comidas favoritas: pizza!



Mas a Helô mal comeu e teve dor forte de barriga de novo a ponto de fazer sua pressão cair. O bom é que nossa neném é forte e não desanima. Queria sair correndo pelos corredores mesmo assim. Logo ela melhorou e fomos embora com ela bagunçando no seu passeio favorito: shopping.

Bom, depois de muito andar e a Helô muito dormir no carrinho, chegamos ao Madinat Jumeirah. Duvido que você já tenha lido algo a respeito desse lugar. Eu nunca li. Uma amiga da Fabi que falou de lá, mas também de forma meio despretensiosa. Fomos porque eu pesquisei depois e pareceu interessante e digo que é um “must see” em Dubai. O lugar é muito interessante e de um visual deslumbrante! Arquitetura remete ao árabe antigo, mas cheio de luxo. De lá, conseguimos ter uma visão privilegiada do hotel sete estrelas em forma de iate, Burj Al Arab. Se soubéssemos antes, teríamos “pulado” o Mall of Emirates fácil para almoçar no Madinat e passar mais tempo por lá.








A única coisa que não recomendo (pelo preço) é o passeio de barco pelo canal artificial do complexo do hotel. O visual é bacana, o barco chega um pouco mais perto do Burj Al Arab, mas, tirando 5 minutos de passeio, os outros 15 minutos são mais do mesmo e pagamos AED 85 cada.





De lá, pegamos um taxi até o Mall of Emirate e, então, o metrô para o Dubai Mall, onde fica o Burj Al Kalifa, prédio mais alto do mundo.

Uma curiosidade do metrô de Dubai é que tem 2 vagões exclusivos para mulheres e crianças. Em alguns horários do dia, o metrô ficou super lotado. Só não tinha gente pendurado nas janelas porque não tem como abrí-las e, mesmo em situação como essa, as pessoas respeitam e os homens ficam todos espremidos nos vagões comuns, enquanto passando a linha rosa pintada no chão e que identifica a divisão para a área restrita para mulheres e crianças, estava bem vazio. Mandei a Fabi e a Helô para lá enquanto eu ficava espremido no meio da galera.


Da estação de metrô ao Dubai Mall é uma bela de uma caminhada pelo túnel que nos deixa dentro do shopping. É ali que está o aquário de Dubai, tem pista de patinação no gelo, carrossel (Helô ficou com medo de ir, mas chorou pra sair) com muitas lojas! Afinal, é o maior shopping do mundo. Conhecemos pouco do shopping e fomos para a parte que nos interessava de fato que é o show das águas na frente do shopping, com o Burj Al Kalifa no fundo. Esses shows acontecem diariamente de meia em meia hora. É muito bem feito e impressionante. Porém, tem a duração de uma única música. Fica o gostinho de quero mais.












Anes, a Helô comeu um pouco (não muito, mas melhor que nada) de arroz chinês com uma carne suspeita.

O dia acabou e nós estávamos quebrados! O dia foi mesmo puxado e a Helô dormiu como um anjinho.