domingo, 7 de junho de 2015

Cancun – Dia 6 – Tulum com Xel Ha

Hoje foi nossa vez de acordar a Helô. Acordamos às 6:40 para pegarmos o ônibus das 7:30.
O ônibus chegou às 7:25 e já saímos rumo à central de embarque dos passeios da Go México. Eles fazem o esquema de cada ônibus pegar todos os turistas de todos os passeios em um número reduzido de hotéis e levar todos para a central para, então fazer a distribuição nos ônibus certos de cada passeio. É um modelo inteligente mas poderia ser um pouco mais ágil na central de embarque já que ficamos um tempo razoável lá aguardando o processo de check in. Embarcamos em um bom (não ótimo) ônibus e rumamos para Tulum, nossa primeira parada.
O guia, Santiago, falava tudo em espanhol e repetia num excelente inglês, sem o sotaque bem típico mexicano. Ele parece ser um guia bastante experiente e é animado e tem umas piadas bem fundamentadas e engraçadas, diferente da maioria dos guias que eu conheço. Sua marca registrada é o jargão “Hasta la vista, baby”.
Ele falou tanto que quase não notamos a viagem de 2 horas até Tulum. Coisas para ficar atentos e que são comuns a qualquer excursão: eles tentam vender de tudo no ônibus – de água a filtro solar e câmera fotográfica sub aquática. No parque Xel Ha, é fortemente recomendado que não sejam usados filtros solares comuns já que é um parque natural com forte apelo em sustentabilidade. Ao invés disso, eles solicitam que sejam usados filtros solares naturais e que sejam rapidamente bio degradáveis. Com base nisso, o guia ofereceu seus produtos que eram mais baratos que no parque. Como tínhamos lido que o parque fornecia, gratuitamente, o produto, não compramos. Depois, descobrimos que o parque tem o produto para fornecer, mas não é gratuito e é realmente mais caro que do guia. Mas, diferentemente do que ele pregou, o parque não proíbe que filtros solares comuns sejam usados. De qualquer forma, o guia nos deixa bastante à vontade em relação à compra dos produtos.
Bom, depois voltamos a falar de Xel Ha. Falemos de Tulum que foi nossa primeira parada. Diferente da ilha das mulheres, é impraticável fazer a visita sem carrinho de bebê. São 10 minutos do estacionamento à área arqueológica e mais o tempo de visita. É muito tempo para ficar com o bebê no colo, fora o calor fortíssimo. Tem poucos degraus e área de areia fofa, o que não inviabiliza o uso do carrinho de bebê.
A visita é interessante e o acompanhamento do guia é muito importante para sabermos o que estamos vendo. Tulum era uma cidade portuária relativamente pequena e não se encontram pirâmides nessa cidade Maia que foi, por muito tempo, subordinada a outras cidades mais ricas e poderosas.
De frente para o templo da cidade, a 5 horas e uns 300 metros de distância, tem uma árvore que marca o melhor ponto de fotografia das ruinas da cidade que era fortificada por muro relativamente baixo, mas espesso o suficiente para que o exército pudesse alvejar o inimigo que tentasse passar por cima do muro.
Como é uma cidade portuária, é banhada pelo mar e tem uma pequena praia que pode ser visitada além de outra pequena praia que é exclusiva para criação de tartarugas marinhas. O acesso a essa praia que podemos acessar é através de uma alta escada, o que dificulta muito a descida de quem está com criança pequena. Nós estávamos com a Heloisa de 1 ano e 2 meses com carrinho e tudo e não descemos. Até teríamos tentado descer se a praia fizesse valer a pena, mas a do hotel em Cancun era muito melhor.
Voltamos para o ponto de encontro, num hotel / restaurante, a Fabi trocou a Helô numa cadeira, já que não tinha estrutura com trocador e pagou absurdos 4 dólares em um coco para a Helô.
Mais 15 minutos de ônibus no sentido de Cancun e chegamos a Xel Ha. É um parque all inclusive com 4 restaurantes (mexicano, fast food, internacional e um de frutos do mar) e com quiosques de bebida (refrigerantes e cerveja).
Almoçamos no restaurante de cozinha internacional. Não eram tantas as opções, mas eram boas, bem temperadas e nos esbaldamos. Até a Helô que estava chatinha para comer, adorou a comida. Por ser um parque ecológico, eles não têm canudos e a Helô teve que tomar suco no copo. Para ela não foi um problema, mas é uma dica para quem tem bebê que já usa canudo, mas que ainda não consegue usar copo.
De lá, fomos retirar nosso kit de snorkeling e deixar a malinha de itens que não usaríamos em um guarda volumes. Tudo isso já está incluído no preço do parque. Então, pegamos um trenzinho até o início do rio para descermos, os 3, de bóia até praticamente a entrada do parque. A primeira dica aqui é, se você não for descer o rio fazendo snorkeling, não pegue o equipamento antes. Isso porque deixamos todos os nossos itens na chapelaria do rio (inclusive o carrinho de bebê), mas eles não recebem snorkeling. Então, tivemos que dar um jeito de descer com os kits nas mãos. Tudo o que deixamos na chapelaria do início do rio é levado pelos funcionários do parque e deixado em outro quiosque no fim da travessia. É um serviço muito legal e ajuda bastante.
A descida do rio é mais difícil do que esperávamos já que não há correnteza. Então, tive que ir remando com as mãos para nos movermos bem devagar. Levamos 1 hora para atravessar o rio e, em dado momento, a Helô se enfezou e tive que tentar acelerar, mas não foi fácil. No meio do rio, o cabeçudo aqui descobriu que remando de costas era muito mais eficiente e conseguimos nos mover mais rápido. Para quem tem mais tempo ou que está sem criança pequena, vale a pena ir parando no caminho e usufruindo de outras diversões como saltar de plataformas, atravessar o rio na corda bamba, fazer tirolesa além de ir fazendo snorkeling no percurso do rio.
Chegamos no parque por volta das 13:00 e nossa saída estava marcada para às 17:00. Então, até almoçar, nos encontrar no parque e tal, tivemos apenas umas 3 horas para aproveitar. Por isso, não chegamos a usufruir muito de Xel Ha. Recomendamos passar o dia todo lá e tentar dividir o passeio em 2. Se tiver tempo, dá para ir para Tulum em outro dia e parar na Playa del Carmen para aproveitar a viagem.
Xel Ha é um parque aquático natural, com atividades típicas realizadas em parques como esse e mais outras atrações como praias fechadas e nado com golfinhos (pago à parte) e com uma infraestrutura muito boa. Recomendamos! Quem não levar carrinho de bebê, o parque empresta, já que é uma área bem extensa e carregar criança no colo não é fácil.
Depois de descer o rio, fizemos snorkeling no final do rio e vimos algumas espécies de peixes. Da escada de onde descemos e onde a Helô ficou esperando dava para ver os peixes e ela se divertiu. De qualquer forma, se o intuito é fazer snorkeling, Ilha Grande no Rio de Janeiro é mais interessante.
Atrasamos uns 20 minutos para a volta esperando por duas pessoas e, depois desse tempo, saímos deixando-os para trás conforme previamente combinado com todos.
A volta foi tranquila, com a Helô dormindo o tempo todo. Deixaram todos na entrada (do lado de fora) de seus respectivos hotéis, o que achamos bom porque entrar nos hotéis acaba gastando muito tempo e teríamos demorado muito mais se tivéssemos que deixar todo mundo na recepção de cada hotel.
Na chegada já estávamos com fome e paramos para nossa última pizza no Hard Rock hotel. Fomos jantar novamente no nosso restaurante favorito, o asiático Zen. Mas, essa noite, para variar, ficamos no a la carte. Para mim, que tenho intolerância a tudo o que vive na água, eram poucas as opções, mas meu frango estava uma delícia. O camarão da Fabi, segundo ela, também estava muito bom. A Helô repetiu o jantar da noite anterior e comeu outros 4 espetinhos de peixe empanado. Boas sobremesas novamente e voltamos para o quarto para arrumar as malas enquanto a Helô dormia.
Dia seguinte, enquanto eu terminava os últimos detalhes nas malas, a Fabi e a Helô desceram para se despedirem da piscina e da praia. Dessa vez, deixamos mais roupa da Helô na mala de mão, já que, na ida, ela sujou a roupa e ficamos sem nova troca. Então, aprendemos que, em viagens longas, devemos abusar das trocas da bebê na mala de mão para não passarmos apuros.
O transfer passou para nos pegar uns 20 minutos antes do horário combinado e, como já estávamos prontos, chegamos mais cedo no aeroporto. Check in e embarque correram tudo bem. Estávamos preocupados com nossa conexão em Nova Iorque (Newark) já que tínhamos 2 horas entre os vôos, mas a imigração foi super rápida e ainda tivemos que esperar o embarque por 2 horas já que o vôo atrasou.
A viagem foi tranquila, especialmente porque voltamos de primeira classe. Foi nossa primeira experiência em primeira classe e entendemos o porquê de tanta diferença no preço. Parecíamos dois estreantes em viagens. A Helô dormiu o tempo todo porque estava exausta depois de ficar correndo com outras crianças no aeroporto enquanto esperávamos e também pelo efeito do remédio anti-inflamatório que demos a ela para dormir (veja post do primeiro dia em Cancun para mais detalhes).
Até a próxima viagem! 

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