Hoje foi
nossa vez de acordar a Helô. Acordamos às 6:40 para pegarmos o ônibus das 7:30.
O ônibus
chegou às 7:25 e já saímos rumo à central de embarque dos passeios da Go
México. Eles fazem o esquema de cada ônibus pegar todos os turistas de todos os
passeios em um número reduzido de hotéis e levar todos para a central para,
então fazer a distribuição nos ônibus certos de cada passeio. É um modelo
inteligente mas poderia ser um pouco mais ágil na central de embarque já que
ficamos um tempo razoável lá aguardando o processo de check in. Embarcamos em um
bom (não ótimo) ônibus e rumamos para Tulum, nossa primeira parada.
O guia,
Santiago, falava tudo em espanhol e repetia num excelente inglês, sem o sotaque
bem típico mexicano. Ele parece ser um guia bastante experiente e é animado e
tem umas piadas bem fundamentadas e engraçadas, diferente da maioria dos guias
que eu conheço. Sua marca registrada é o jargão “Hasta la vista, baby”.
Ele falou
tanto que quase não notamos a viagem de 2 horas até Tulum. Coisas para ficar
atentos e que são comuns a qualquer excursão: eles tentam vender de tudo no
ônibus – de água a filtro solar e câmera fotográfica sub aquática. No parque
Xel Ha, é fortemente recomendado que não sejam usados filtros solares comuns já
que é um parque natural com forte apelo em sustentabilidade. Ao invés disso,
eles solicitam que sejam usados filtros solares naturais e que sejam
rapidamente bio degradáveis. Com base nisso, o guia ofereceu seus produtos que
eram mais baratos que no parque. Como tínhamos lido que o parque fornecia,
gratuitamente, o produto, não compramos. Depois, descobrimos que o parque tem o
produto para fornecer, mas não é gratuito e é realmente mais caro que do guia. Mas,
diferentemente do que ele pregou, o parque não proíbe que filtros solares
comuns sejam usados. De qualquer forma, o guia nos deixa bastante à vontade em
relação à compra dos produtos.
Bom, depois
voltamos a falar de Xel Ha. Falemos de Tulum que foi nossa primeira parada. Diferente
da ilha das mulheres, é impraticável fazer a visita sem carrinho de bebê. São 10
minutos do estacionamento à área arqueológica e mais o tempo de visita. É muito
tempo para ficar com o bebê no colo, fora o calor fortíssimo. Tem poucos
degraus e área de areia fofa, o que não inviabiliza o uso do carrinho de bebê.
A visita é
interessante e o acompanhamento do guia é muito importante para sabermos o que
estamos vendo. Tulum era uma cidade portuária relativamente pequena e não se
encontram pirâmides nessa cidade Maia que foi, por muito tempo, subordinada a
outras cidades mais ricas e poderosas.
De frente para
o templo da cidade, a 5 horas e uns 300 metros de distância, tem uma árvore que
marca o melhor ponto de fotografia das ruinas da cidade que era fortificada por
muro relativamente baixo, mas espesso o suficiente para que o exército pudesse
alvejar o inimigo que tentasse passar por cima do muro.
Como é uma
cidade portuária, é banhada pelo mar e tem uma pequena praia que pode ser
visitada além de outra pequena praia que é exclusiva para criação de tartarugas
marinhas. O acesso a essa praia que podemos acessar é através de uma alta
escada, o que dificulta muito a descida de quem está com criança pequena. Nós
estávamos com a Heloisa de 1 ano e 2 meses com carrinho e tudo e não descemos. Até
teríamos tentado descer se a praia fizesse valer a pena, mas a do hotel em
Cancun era muito melhor.
Voltamos para
o ponto de encontro, num hotel / restaurante, a Fabi trocou a Helô numa
cadeira, já que não tinha estrutura com trocador e pagou absurdos 4 dólares em
um coco para a Helô.
Mais 15
minutos de ônibus no sentido de Cancun e chegamos a Xel Ha. É um parque all
inclusive com 4 restaurantes (mexicano, fast food, internacional e um de frutos
do mar) e com quiosques de bebida (refrigerantes e cerveja).
Almoçamos no
restaurante de cozinha internacional. Não eram tantas as opções, mas eram boas,
bem temperadas e nos esbaldamos. Até a Helô que estava chatinha para comer,
adorou a comida. Por ser um parque ecológico, eles não têm canudos e a Helô
teve que tomar suco no copo. Para ela não foi um problema, mas é uma dica para
quem tem bebê que já usa canudo, mas que ainda não consegue usar copo.
De lá,
fomos retirar nosso kit de snorkeling e deixar a malinha de itens que não
usaríamos em um guarda volumes. Tudo isso já está incluído no preço do parque. Então,
pegamos um trenzinho até o início do rio para descermos, os 3, de bóia até
praticamente a entrada do parque. A primeira dica aqui é, se você não for
descer o rio fazendo snorkeling, não pegue o equipamento antes. Isso porque
deixamos todos os nossos itens na chapelaria do rio (inclusive o carrinho de
bebê), mas eles não recebem snorkeling. Então, tivemos que dar um jeito de
descer com os kits nas mãos. Tudo o que deixamos na chapelaria do início do rio
é levado pelos funcionários do parque e deixado em outro quiosque no fim da
travessia. É um serviço muito legal e ajuda bastante.
A descida
do rio é mais difícil do que esperávamos já que não há correnteza. Então, tive
que ir remando com as mãos para nos movermos bem devagar. Levamos 1 hora para
atravessar o rio e, em dado momento, a Helô se enfezou e tive que tentar
acelerar, mas não foi fácil. No meio do rio, o cabeçudo aqui descobriu que
remando de costas era muito mais eficiente e conseguimos nos mover mais rápido.
Para quem tem mais tempo ou que está sem criança pequena, vale a pena ir
parando no caminho e usufruindo de outras diversões como saltar de plataformas,
atravessar o rio na corda bamba, fazer tirolesa além de ir fazendo snorkeling
no percurso do rio.
Chegamos no
parque por volta das 13:00 e nossa saída estava marcada para às 17:00. Então,
até almoçar, nos encontrar no parque e tal, tivemos apenas umas 3 horas para
aproveitar. Por isso, não chegamos a usufruir muito de Xel Ha. Recomendamos passar
o dia todo lá e tentar dividir o passeio em 2. Se tiver tempo, dá para ir para
Tulum em outro dia e parar na Playa del Carmen para aproveitar a viagem.
Xel Ha é um
parque aquático natural, com atividades típicas realizadas em parques como esse
e mais outras atrações como praias fechadas e nado com golfinhos (pago à parte)
e com uma infraestrutura muito boa. Recomendamos! Quem não levar carrinho de
bebê, o parque empresta, já que é uma área bem extensa e carregar criança no
colo não é fácil.
Depois de
descer o rio, fizemos snorkeling no final do rio e vimos algumas espécies de
peixes. Da escada de onde descemos e onde a Helô ficou esperando dava para ver
os peixes e ela se divertiu. De qualquer forma, se o intuito é fazer snorkeling,
Ilha Grande no Rio de Janeiro é mais interessante.
Atrasamos uns
20 minutos para a volta esperando por duas pessoas e, depois desse tempo,
saímos deixando-os para trás conforme previamente combinado com todos.
A volta foi
tranquila, com a Helô dormindo o tempo todo. Deixaram todos na entrada (do lado
de fora) de seus respectivos hotéis, o que achamos bom porque entrar nos hotéis
acaba gastando muito tempo e teríamos demorado muito mais se tivéssemos que
deixar todo mundo na recepção de cada hotel.
Na chegada
já estávamos com fome e paramos para nossa última pizza no Hard Rock hotel. Fomos
jantar novamente no nosso restaurante favorito, o asiático Zen. Mas, essa
noite, para variar, ficamos no a la carte. Para mim, que tenho intolerância a
tudo o que vive na água, eram poucas as opções, mas meu frango estava uma
delícia. O camarão da Fabi, segundo ela, também estava muito bom. A Helô
repetiu o jantar da noite anterior e comeu outros 4 espetinhos de peixe empanado.
Boas sobremesas novamente e voltamos para o quarto para arrumar as malas enquanto
a Helô dormia.
Dia seguinte,
enquanto eu terminava os últimos detalhes nas malas, a Fabi e a Helô desceram
para se despedirem da piscina e da praia. Dessa vez, deixamos mais roupa da
Helô na mala de mão, já que, na ida, ela sujou a roupa e ficamos sem nova
troca. Então, aprendemos que, em viagens longas, devemos abusar das trocas da bebê
na mala de mão para não passarmos apuros.
O transfer
passou para nos pegar uns 20 minutos antes do horário combinado e, como já
estávamos prontos, chegamos mais cedo no aeroporto. Check in e embarque
correram tudo bem. Estávamos preocupados com nossa conexão em Nova Iorque
(Newark) já que tínhamos 2 horas entre os vôos, mas a imigração foi super
rápida e ainda tivemos que esperar o embarque por 2 horas já que o vôo atrasou.
A viagem
foi tranquila, especialmente porque voltamos de primeira classe. Foi nossa
primeira experiência em primeira classe e entendemos o porquê de tanta
diferença no preço. Parecíamos dois estreantes em viagens. A Helô dormiu o
tempo todo porque estava exausta depois de ficar correndo com outras crianças
no aeroporto enquanto esperávamos e também pelo efeito do remédio anti-inflamatório
que demos a ela para dormir (veja post do primeiro dia em Cancun para mais
detalhes).
Até a próxima viagem!
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