sábado, 8 de outubro de 2011

Dia 19 – 06/10

Humm, hoje é nosso último dia aqui na Europa. Amanhã cedo iremos para o aeroporto para voltar para o Brasil. Já temos planos de o que comer quando voltar e, é claro que, inclui carne e frango.
O dia hoje tinha sido planejado para ser mais tranquilo e feito com calma, mas, é claro, não fizemos nada disso. Andamos muito mais do que o planejado e em ritmo acelerado para manter o padrão.
O percurso foi esse:
Fomos até a Piazza Navona que, embora não fique longe do hotel, ainda não tínhamos conhecido. É uma grande praça em formato oval e era usada antigamente apenas para competições atléticas. Praticamente a praça toda é rodeada por restaurantes e gostaríamos de ter voltado lá à noite para jantar em um deles.




Passamos pelo Pantheon que já tínhamos conhecido no primeiro dia e fomos até a Piazza del Parlamento. Seguimos para a Fontana de Trevi que já conhecíamos e fomos até a Piazza Barberini. Essa é uma pequena praça que leva este nome devido ao Palácio Barberini, possui assim como as outras, uma fonte criada por Gian Lorenzo Bernini.




Mais uma bela caminhada morro acima e fomos até a Basílica de Santa Maria Magiore. No caminho, passamos por uma feira que vende de tudo e tinha uma banca de frutas. Compramos um pêssego para mim e uma banana para a Fabi que foram devorados nos degraus da Basílica, uma das quatro Basílicas do Vaticano. É uma grande igreja, com belas decorações e, o que mais chama a atenção nessa igreja em particular, é a caixa de ouro que é guardada no subsolo com pedaços da cruz de Cristo.




Andamos até a Estação Termini, a estação central de trem de Roma, e depois de andar muito dentro da estação de metrô, conhecemos o metrô de Roma. As estações são muito mal cuidadas e muito feias. Mas o trem em si é moderno e limpo, seguindo o mesmo padrão dos de Milão.
Descemos na Piazza di Spagna e fomos almoçar. Como foi nosso último almoço, abolimos o panini e comemos massa mesmo. Para mim, ravióli e, para a Fabi, tortelini. Não veio muita comida e não estava tão bom assim, embora não tenhamos motivos para reclamar. Subimos a escadaria di Spagna que nos fez nos lembrar da subida para a Saint Croce em Paris.

Caminhamos pela bela Villa Borghese, um belíssimo parque em Roma e acabamos não indo no museu por falta de tempo e, principalmente, de perna.



Descemos na Piazza del Popolo, mais uma fonte envolvendo outro obelisco (Roma é a cidade, no mundo, que mais tem obeliscos) e iniciamos nosso percurso de volta para o hotel, sem, é claro, deixar de comprar nosso gelato.


Jantamos no Luigi, mesmo lugar de ontem, já que é aqui do lado e porque a Fabi teve crise de enxaqueca no final da tarde então resolvemos não abusar e andar mais. O jantar foi muito bom novamente. A Fabi pediu nhoque e foi o melhor que provamos aqui na Itália até agora. Acho que, se ficássemos mais uma semana por aqui provando, encontraríamos o nhoque perfeito.
Nesses 3 dias completos que passamos em Roma, vimos muita coisa, passamos por lugares incríveis e históricos, mas não conseguimos ver praticamente nada do que a cidade oferece de arte e história. São necessários muitos outros dias e um guia exclusivo ou muito estudo prévio para conseguir aproveitar tudo o que Roma tem para oferecer.
Certamente essas férias foram sensacionais e serão lembradas para sempre. Passamos por lugares e regiões completamente distintos cada um com sua beleza e particularidade. A Itália, assim como Paris, é maravilhosa!
Ciao Italia! Arrivederci!
Nos despedimos aqui do blog e esperamos que tenham gostado das nossas aventuras e de estar em contato conosco via esse canal de comunicação. Para os que estiverem lendo depois, esperamos que tenha sido útil para obterem dicas de viagem. Seguiremos usando esse blog para responder futuros comentários e para postar notícias de novas viagens.

Dia 18 – 05/10

Passamos o dia todo no Vaticano.
Como tínhamos ingresso comprado para os museus do Vaticano para às 9:00 e teríamos a audiência do Papa às 10:30, teríamos problemas porque não dá tempo suficiente para conhecer os museus do Vaticano em tão pouco tempo. Então, fomos um pouco mais cedo até a entrada dos museus que fica a 1 km de distância da praça de São Pedro para tentar trocar o horário dos nosso bilhetes. No caminho, encontramos uma fila realmente imensa. Mais um exemplo de como é importante comprar os ingressos antecipadamente. Quando chegamos na entrada, não existia nenhuma fila para quem já tinha comprado e teríamos entrado direto. Mas, como queríamos tentar trocar o horário, conversamos com os guardas e eles disseram que não teria problema. Que bom! Voltamos então para a praça de São Pedro para aguardar a audiência com o Papa já que, no caminho para os museus, vimos muita gente já chegando na praça.
Chegamos por volta das 9:15, sentamos em um lugar não tão próximo, e ficamos aguardando o início que aconteceu pouco mais de 10:30. Estava muito sol e não tinha nenhum tipo de sombra e lá ficamos até às 12:30, quando terminou a audiência. O Papa entra na praça com o papamóvel e dá uma volta no meio da multidão. Então, a dica é ficar perto dos corredores maiores da praça para ver o Papa mais de perto já que o altar que é usado por ele fica bastante longe. Vale a pena pelo fato de ver o Papa ao vivo e ouví-lo falar (lendo) em português. A audiência, em si, é de pouquíssimo conteúdo. Primeiro, é lido um salmo em 4 ou 5 idiomas, incluindo o Português. Depois, o Papa faz uma homilia relativamente longa, lendo, em Italiano. Depois disso, são anunciadas as caravanas, escolas e demais grupos visitando com pausa para os aplausos e alguns cantos e o Papa lê mais um extenso texto resumindo a homilia e agradecendo aos presentes, inclusive citando algumas das caravanas com, novamente, pausas para aplausos. E isso tudo é feito uma vez para cada um dos idiomas. Ao final, sem prévio aviso, cantam o Pai Nosso em Latim e, imediatamente depois disso, o Papa faz a bênção final (basicamente o sinal da cruz) que vale para os presentes, familiares (principalmente crianças e doentes) e aos objetos religiosos que cada um tinha consigo para bênção papal.


Logo depois disso, forma-se uma longa fila para entrar na Basílica, que resolvemos não enfrentar. Queríamos assistir a uma missa na Basílica, mas só tem de quarta-feira e domingo às 10:00. Então, já tínhamos perdido a missa de hoje e não teremos nova oportunidade já que voltaremos na sexta-feira para o Brasil.
Fomos para os museus e demos uma parada no caminho para o panini nosso de cada dia. Entramos sem problemas, mas os museus estavam completamente lotados, com muitos grupos guiados. Como estávamos sem guia e sem nenhum mapa dos museus, fomos meio que seguindo o caminho que o museu nos sugere por placas. Comparando com o museu do Louvre, os do Vaticano são bem mais concisos, embora não seja nem um pouco pequeno, e fáceis de localização e visualização dos objetos. Os museus são muito bonitos com belíssimas pinturas nas paredes e é justamente essa a maior atração dos museus. A Basílica Sistina, onde são feitos os conclaves, tem todas as paredes, incluindo teto, completamente pintados. As figuras (de alguns artistas, entre eles Michelangelo) são realmente impressionantes.





A Basílica Sistina é a última atração dos museus e já saímos direto na subida para a cúpula do Duomo da Basílica de São Pedro para os que quiserem se aventurar. Nós, é claro, subimos, principalmente porque era nossa última oportunidade, pois não tínhamos subido na cúpula de nenhuma outra igreja antes. A subida não é agradável. Mesmo tendo encurtado o caminho pela metade com o uso do elevador, a escadaria restante com mais de 230 degraus é complicada. Muito estreita em alguns pontos, inclinada lateralmente acompanhando o desenho da cúpula em outros e muito quente. Na metade da subida, chegamos em uma sacada interna à cúpula, muito perto das pinturas que a decoram brilhantemente, com vista privilegiada da Basílica. Chegamos lá em cima e encontramos a mesma multidão se apertando em empurrando para poder se mover poucos centímetros. Mas a vista, principalmente da Piazza de São Pedro, é compensadora.




A descida não é tão ruim assim e nos leva diretamente ao interior da Basílica. Imediatamente, descemos para ver as tumbas dos Papas que ficam no subsolo. A principal é a de São Pedro. A tumba do Papa João Paulo II, já identificado como beato, fica dentro da Basílica assim como de alguns outros Papas. É claro que esse é o pedaço mais disputado da igreja.




Logo na entrada da Basílica, do lado direito, fica uma das principais esculturas de Michelangelo, a Pietá. Realmente impressionante. A Basílica toda é muito bonita e toda cheia de detalhes a despeito de seu imenso tamanho.
Terminamos toda a visita ao Vaticano no final da tarde e teria mais coisa para fazer por lá se quiséssemos e tivéssemos mais tempo. Conversamos com o pessoal do Open Tour e nos deram um novo bilhete dando direito a usar o tour durante a noite mesmo o original já estando vencido porque explicamos que o ônibus simplesmente não passou ontem.
À noite, fomos novamente até o Castelo de Sant’Angelo e, dessa vez, o ônibus passou. Fizemos o tour à noite e não descemos em nenhum lugar já que não teriam outros ônibus depois. Vimos os principais monumentos iluminados e passamos um friozinho básico já que ficamos na parte de cima do ônibus e sempre esfria um pouco no fim da tarde mesmo depois de fazer bastante calor durante o dia.



Descemos no último ponto, na praça de São Pedro e voltamos caminhando até um restaurante que encontramos perto do hotel, onde jantamos. A Fabi comeu um risoto de abobrinha que, se alguém tivesse me falado que estava delicioso, eu não acreditaria. Ainda bem que provei um pouco para constatar. E eu comi fetutine pela primeira vez na Itália com cogumelos porcini. Fiquei fã de cogumelos. Estava delicioso! A Tratoria da Luigi está de parabéns! Tomara que meu cardiologista não esteja lendo o blog porque 100% das minhas refeições durante todas as férias estão sendo baseados em pão e massa (à exceção do ossobuco que comi em Paris). A Fabi não está muito longe disso já que fugiu da regra apenas 2 vezes quando comeu risoto.

Dia 17 – 04/10

Ciao! Desculpem a demora em postar, estávamos com problema de internet no hotel. Como já era esperado, hoje o dia foi difícil. Andamos muito de novo.
Que saudades que está dando de dirigir e ouvir o GPS falando, sem parar, em x metros, entre na rotatória... aqui na Itália, rotatória é um padrão. Tem muito disso!
Saímos cedo do hotel em direção à Piazza Venezia, onde fica o monumento de Vittorio Emanuele. Vocês puderam notar que em quase toda cidade italiana, o monumento ou lugar mais importante é o Vittorio Emanuele. Ele foi o primeiro rei da Itália unificada no século XIX e, pelo visto, foi um bom rei.
Conseguimos autorização do Vaticano para participar da audiência com o Papa amanhã de manhã e precisávamos imprimir a carta. Então, a intensão era de, no caminho para a Piazza Venezia, parar em alguma lan house e imprimir. Fácil. Mas, como saímos pouco depois das 9:00, todas as lojas estavam fechadas já que começam a abrir às 9:30 e, a maioria, abre mesmo às 10:00.
O monumento a Vittorio Emanuele é, realmente, majestoso. É imenso, todo em mármore branco e dá para se ter idéia de como eram os outros monumentos na época dos imperadores romanos quando ainda estava tudo preservado. Subimos até certo ponto mas, como tinha que pagar para subir até o topo, decidimos voltar.



Fomos, então, em uma exposição temporária, na parte de baixo do Vittorio Emanuele, o museu dos emigrantes da Itália. Lá, descobrimos que não existiu, na época da grande evasão no final do século XIX e início do século XX, saída de navios direto da Itália para o Brasil. Todos passavam por Nova Iorque antes. E a maioria acabava tendo entrada negada nos EUA e seguia para o Brasil, no porto de Santos. As saídas da Itália aconteciam pelo porto de Gênova e de Nápoles.
Depois da aula de história, fomos caminhar um pouco pela região. Fomos até o Foro Trajano e os Mercados de Trajano. O preço para entrar nos mercados era alto e estávamos com tempo contado. Então, decidimos não entrar. Mais um pouco de caminhada passando pela Piazza Dei Quirinale, vimos onde mora o Berlusconi, com muitos policiais na região e fomos para o Coliseu. Almoçamos nossos panini sentados à sombra da arena e, dessa vez, eu resolvi variar e comi de peperoni.



Um pouco antes do horário que tínhamos agendado o tour no Coliseu, nos dirigimos até lá, “cortamos” uma fila imensa por ter comprado os tickets com antecedência e ficamos, do lado de dentro, esperando na nossa guia. A guia falava um inglês perfeito e aproveitamos muito a visita. Fomos visitar o underground do Coliseu, onde ficavam os gladiadores, demais escravos e animais selvagens, fomos na parte da arena que está reconstruída e, depois, subimos até o terceiro nível e último preservado. O underground e o terceiro nível só são acessíveis com visita guiada e esse foi o motivo pelo qual compramos os tickets dessa forma. Mas recomendamos muito fazer a visita guiada para ir direto aos principais pontos e pela aula de história que acabamos tendo.






Depois do excelente passeio no Coliseu, fomos até o Foro Romano e Palatino que tem as entradas incluídas no bilhete do Coliseu. O Foro Romano é o centro da Roma antiga, onde tudo acontecia. O Palatino é um monte onde ficavam as principais residências e onde, acredita-se, Roma foi fundada por Remo após, segundo a lenda, ter matado seu irmão gêmeo Rômulo. Órfãos, foram criados no Palatino por uma loba.




Extenuados, pegamos o ônibus do City Tour e fomos até o Vaticano para imprimir a carta de confirmação da audiência com o Papa e trocar pelos bilhetes de entrada. Depois de caminharmos bastante procurando, encontramos uma lan house e imprimimos o papel. Fomos até o portão bronze do Vaticano e, como só podia entrar uma pessoa, eu acabei entrando. Me maravilhei com a roupa da Guarda Suíça do Vaticano, em estilo renascentista, desenhado por ninguém menos que Michelangelo, que parece mais de “bobos da corte” e com o prédio em que entrei para pegar os ingressos. Realmente, um palácio moderno.

Voltamos caminhando até o hotel, relaxamos, tomamos um banho e saímos para fazer o tour noturno por Roma. O último ônibus sai do Vaticano às 21:00 e o ponto que fica mais perto do hotel é o do Castelo de Sant’Angelo, o segundo ponto. Chegamos lá antes das 21:00 e desistimos quase às 21:30. O ônibus simplesmente não passou. Paramos em um restaurante, então, para jantar e o garçom disse que já estava fechado. Cedo, não é? Encontramos outro restaurante aberto e jantamos por lá. Comemos umas coisas diferentes que, segundo o garçom, são típicas de Roma. A Fabi disse que o prato dela estava bom, mas nada de mais e eu adorei o meu. Acho que foi a segunda melhor refeição que eu fiz na Itália. Tudo, é claro regado de (meia garrafa de) vinho. Ficou mais barato que 2 refrigerantes.
Amanhã iremos ao Vaticano e tentaremos conhecer alguma outra região de Roma também.