sábado, 8 de outubro de 2011

Dia 18 – 05/10

Passamos o dia todo no Vaticano.
Como tínhamos ingresso comprado para os museus do Vaticano para às 9:00 e teríamos a audiência do Papa às 10:30, teríamos problemas porque não dá tempo suficiente para conhecer os museus do Vaticano em tão pouco tempo. Então, fomos um pouco mais cedo até a entrada dos museus que fica a 1 km de distância da praça de São Pedro para tentar trocar o horário dos nosso bilhetes. No caminho, encontramos uma fila realmente imensa. Mais um exemplo de como é importante comprar os ingressos antecipadamente. Quando chegamos na entrada, não existia nenhuma fila para quem já tinha comprado e teríamos entrado direto. Mas, como queríamos tentar trocar o horário, conversamos com os guardas e eles disseram que não teria problema. Que bom! Voltamos então para a praça de São Pedro para aguardar a audiência com o Papa já que, no caminho para os museus, vimos muita gente já chegando na praça.
Chegamos por volta das 9:15, sentamos em um lugar não tão próximo, e ficamos aguardando o início que aconteceu pouco mais de 10:30. Estava muito sol e não tinha nenhum tipo de sombra e lá ficamos até às 12:30, quando terminou a audiência. O Papa entra na praça com o papamóvel e dá uma volta no meio da multidão. Então, a dica é ficar perto dos corredores maiores da praça para ver o Papa mais de perto já que o altar que é usado por ele fica bastante longe. Vale a pena pelo fato de ver o Papa ao vivo e ouví-lo falar (lendo) em português. A audiência, em si, é de pouquíssimo conteúdo. Primeiro, é lido um salmo em 4 ou 5 idiomas, incluindo o Português. Depois, o Papa faz uma homilia relativamente longa, lendo, em Italiano. Depois disso, são anunciadas as caravanas, escolas e demais grupos visitando com pausa para os aplausos e alguns cantos e o Papa lê mais um extenso texto resumindo a homilia e agradecendo aos presentes, inclusive citando algumas das caravanas com, novamente, pausas para aplausos. E isso tudo é feito uma vez para cada um dos idiomas. Ao final, sem prévio aviso, cantam o Pai Nosso em Latim e, imediatamente depois disso, o Papa faz a bênção final (basicamente o sinal da cruz) que vale para os presentes, familiares (principalmente crianças e doentes) e aos objetos religiosos que cada um tinha consigo para bênção papal.


Logo depois disso, forma-se uma longa fila para entrar na Basílica, que resolvemos não enfrentar. Queríamos assistir a uma missa na Basílica, mas só tem de quarta-feira e domingo às 10:00. Então, já tínhamos perdido a missa de hoje e não teremos nova oportunidade já que voltaremos na sexta-feira para o Brasil.
Fomos para os museus e demos uma parada no caminho para o panini nosso de cada dia. Entramos sem problemas, mas os museus estavam completamente lotados, com muitos grupos guiados. Como estávamos sem guia e sem nenhum mapa dos museus, fomos meio que seguindo o caminho que o museu nos sugere por placas. Comparando com o museu do Louvre, os do Vaticano são bem mais concisos, embora não seja nem um pouco pequeno, e fáceis de localização e visualização dos objetos. Os museus são muito bonitos com belíssimas pinturas nas paredes e é justamente essa a maior atração dos museus. A Basílica Sistina, onde são feitos os conclaves, tem todas as paredes, incluindo teto, completamente pintados. As figuras (de alguns artistas, entre eles Michelangelo) são realmente impressionantes.





A Basílica Sistina é a última atração dos museus e já saímos direto na subida para a cúpula do Duomo da Basílica de São Pedro para os que quiserem se aventurar. Nós, é claro, subimos, principalmente porque era nossa última oportunidade, pois não tínhamos subido na cúpula de nenhuma outra igreja antes. A subida não é agradável. Mesmo tendo encurtado o caminho pela metade com o uso do elevador, a escadaria restante com mais de 230 degraus é complicada. Muito estreita em alguns pontos, inclinada lateralmente acompanhando o desenho da cúpula em outros e muito quente. Na metade da subida, chegamos em uma sacada interna à cúpula, muito perto das pinturas que a decoram brilhantemente, com vista privilegiada da Basílica. Chegamos lá em cima e encontramos a mesma multidão se apertando em empurrando para poder se mover poucos centímetros. Mas a vista, principalmente da Piazza de São Pedro, é compensadora.




A descida não é tão ruim assim e nos leva diretamente ao interior da Basílica. Imediatamente, descemos para ver as tumbas dos Papas que ficam no subsolo. A principal é a de São Pedro. A tumba do Papa João Paulo II, já identificado como beato, fica dentro da Basílica assim como de alguns outros Papas. É claro que esse é o pedaço mais disputado da igreja.




Logo na entrada da Basílica, do lado direito, fica uma das principais esculturas de Michelangelo, a Pietá. Realmente impressionante. A Basílica toda é muito bonita e toda cheia de detalhes a despeito de seu imenso tamanho.
Terminamos toda a visita ao Vaticano no final da tarde e teria mais coisa para fazer por lá se quiséssemos e tivéssemos mais tempo. Conversamos com o pessoal do Open Tour e nos deram um novo bilhete dando direito a usar o tour durante a noite mesmo o original já estando vencido porque explicamos que o ônibus simplesmente não passou ontem.
À noite, fomos novamente até o Castelo de Sant’Angelo e, dessa vez, o ônibus passou. Fizemos o tour à noite e não descemos em nenhum lugar já que não teriam outros ônibus depois. Vimos os principais monumentos iluminados e passamos um friozinho básico já que ficamos na parte de cima do ônibus e sempre esfria um pouco no fim da tarde mesmo depois de fazer bastante calor durante o dia.



Descemos no último ponto, na praça de São Pedro e voltamos caminhando até um restaurante que encontramos perto do hotel, onde jantamos. A Fabi comeu um risoto de abobrinha que, se alguém tivesse me falado que estava delicioso, eu não acreditaria. Ainda bem que provei um pouco para constatar. E eu comi fetutine pela primeira vez na Itália com cogumelos porcini. Fiquei fã de cogumelos. Estava delicioso! A Tratoria da Luigi está de parabéns! Tomara que meu cardiologista não esteja lendo o blog porque 100% das minhas refeições durante todas as férias estão sendo baseados em pão e massa (à exceção do ossobuco que comi em Paris). A Fabi não está muito longe disso já que fugiu da regra apenas 2 vezes quando comeu risoto.

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