segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Dia 09 – Mais pontos turísticos em Buenos Aires

Hoje o dia amanheceu meio como que queria chover, até chegando a garoar um pouco mas depois firmou e só foi chover mesmo depois das 10:00 da noite.
Para não passar o dia sem fazer nenhum comentário do hotel, eles têm algum problema com papel higiênico. Primeiro porque é de péssima qualidade, algo que eu não via há tempos. Segundo porque eles entregam meio rolo e não repõem a não ser que peçamos. Aí, eles entregam mais meio rolo. Acho que vamos passar no Carrefour e comprar um pouco lá e até deixar o resto de caridade para eles aqui no hotel.
Fomos cedo até a feira de San Telmo. Eu perguntava para as pessoas que me recomendavam ir a essa feira: “o que tem lá?” e a resposta era, invariavelmente: “tem de tudo!”
Mas de tudo o que? Pois bem, vou tentar esclarecer o que tem lá. É uma feira bastante extensa e não fomos até o final. Pode ser que haja coisas diferentes nas barracas além do que vimos. Então, se alguém sentir falta de algo importante, me avisa, por favor.
A feira de San Telmo não é uma “feira do rolo”. Não tem peça de carro na feira. Trata-se basicamente de uma feira de artesanato o que, como toda e qualquer outra feira do gênero, tem também peças de roupa principalmente de souvenires, alguma coisa de comida e bastante arte. Então por que falam tanto dessa feira? Acho que pelo motivo que falam, por exemplo, do Café Tortoni: porque é ponto turístico e pronto. Eu acho que é pelo fato de ser uma feira tradicional e, principalmente, por sua extensão.


Depois que cansamos de andar, pegamos um táxi que não é caro em Buenos Aires e fomos até a livraria Ateneo. Dizem que é a livraria mais bonita do mundo! Eu não levo essas coisas a sério mesmo porque beleza é algo sempre discutível. Mas que é bonita, isso é.
A livraria foi montada em uma antiga e belíssima casa de espetáculos. Não chega a ser propriamente grande, mas chama a atenção. Não fomos, mas eles têm um café no lugar do antigo palco. Vale a pena a visita para quem estiver passando pela região.



Eu, particularmente, teria pulado, mas fomos, à tarde, no Café Tortoni com sua característica fila na calçada. É bonito, badalado e caro. Pedimos churros que é um pouco seco comparado com o do Brasil mas com uma deliciosa porção de doce de leite. Não me arrependo de ter ido. Mas talvez você prefira optar por alguma outra visita mais relevante.



Tio Nando e tia Angélica voltaram para casa e, para fechar o dia, fomos até o Museu da Criança (Museo de los Niños) que fica no shopping Abasto na Concorrientes. Não é um lugar turístico e tampouco um museu. É uma grande área infantil com diversas áreas temáticas próprias para crianças. Por exemplo, eles têm uma agência do Santander, um McDonalds, um supermercado, uma clínica médica, um estúdio de rádio entre vários outros temas, todos simulando o mundo real dos adultos. A Helô adorou! Acho que, tirando a neve, foi o que ela mais gostou nessas férias.







Jantamos na praça do shopping mesmo e vimos, mais uma vez, uma cena comum em Buenos Aires: pessoas interrompendo nossa refeição para pedir dinheiro. E também perguntam se não vamos mais comer para eles pegarem nosso resto de comida. Isso me chocou bastante. Tinha sobrado alguma coisa nos nossos pratos e eles pegaram como animais famintos. Uma tristeza ver esse tipo de degradação humana.
Eu acho que isso começou depois das recentes crises que assolaram o país. Não parecem pessoas que passaram a vida na miséria.
Aliás, a Argentina, em especial Buenos Aires, é um local cheio de paradoxos. Muitos monumentos e praças impecavelmente cuidados e lixo espalhado pelas ruas. Universidades, museus, exposições de arte a todo canto e pessoas mal educadas e desrespeitosas para com o próximo na mesma proporção.
Aqui não existe muita regra e nem direitos. Cada um cuida do seu. Acho que tínhamos que ter um programa no Brasil que exilasse na Argentina por um breve estágio as pessoas que insistissem em reclamar do nosso país. Eu ouço o Professor Marco Antonio Villa na Jovem Pan quase toda manhã e gosto muito dos seus comentários exagerados. Concordo com muitos deles. Mas fico imaginando como seria um programa com ele na Argentina. Acho que já teria morrido do coração.


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