quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Sudeste Asiático - será?

Há algumas semanas estamos planejando nossas próximas férias para fevereiro de 2016.
Euro caro, dólar subindo todos os dias. A dúvida passou a ser: e agora? Vamos ficar pelo Brasil mesmo? Mas que droga! Queríamos voltar a fazer aquelas viagens como as dos últimos anos e que praticamente pulamos em 2015.
Procura daqui, procura dali, contas e mais contas e por que não vamos visitar a Lilian, prima da Fabi, que mora em Cingapura? Faz tempo que estamos querendo ir visitá-la, a Fabi não conhece a Ásia (com exceção da Turquia que é mais uma zona de transição com a Europa) e eu também muita curiosidade em conhecer outras localidades do sudeste asiático (eu já conheço Taiwan, mas foi uma viagem a negócio e não deu para aproveitar muito). Bom, indo para Cingapura, pelo menos não vamos gastar com hotel nos dias que ficarmos por lá.

Mas e o vôo?
Tínhamos basicamente duas preocupações em relação ao vôo: custo e duração (a Helô vai ter pouco menos de 2 anos e uma viagem de 24 horas não seria muito agradável).
Então, começamos a pensar em fazer um "stop over" no meio do caminho. O mais óbvio era parar em algum país na Europa. Por que não na Inglaterra que é um lugar que queremos conhecer há tempos? Simplesmente porque lá faz muito frio essa época do ano! Mas e os outros países da Europa? Com exceção talvez do sul da Itália, faz frio em todo lugar. Pesquisamos muito em vários sites, várias companhias aéreas, muitas opções de destino e, por incrível que pareça, a Emirates tinha uma proposta interessante para nós. Encontramos um vôo com conexão única em Dubai. Basicamente, é um vôo de 15 horas para Dubai e outro de 7 horas para Cingapura. Vamos parar em Dubai por 3 noites na ida e fazer uma conexão longa de 20 horas na volta, o suficiente para relaxarmos um pouco e dormir em uma cama confortável entre um vôo e outro.
Dizem que a Emirates é a melhor companhia aérea em atividade no mundo! Então, certamente, é também a mais cara, certo? Não necessariamente. Realmente pagamos um pouco mais caro do que algumas opções de vôo com 3 ou 4 conexões para Cingapura e isso parece justo. Procurando direitinho e com paciência e fazendo umas tentativas malucas, dá para encontrar vôo mais em conta. E foi o que fizemos. Por exemplo, se não parássemos em Dubai na ida, o vôo encareceria em algo em torno de R$1.000,00
Estranho? Eu acho estranho, mas é como funciona. Por exemplo, enquanto pesquisávamos fazer um stop over na Europa, notamos que um vôo São Paulo / Londres / Cingapura era muito mais caro (mais caro que Emirates) do que fazer São Paulo / Genebra / Londres (com parada de algumas noites) / Genebra / Cingapura. E esse foi só um exemplo. Vôos com mais paradas, mesmo que voando mais milhas e com mais taxa de embarque, saem mais em conta que vôos mais diretos, mesmo usando a mesma companhia aérea.
Então, fica a dica. Se tiver algum tempinho sobrando, faça mais paradas, durma em uma cidade diferente, conheça um ou outro lugar que não estava sendo planejado e economize dinheiro.

Uma preocupação com a parada em Dubai é o preço dos hotéis. Tem alguns hotéis que mais parecem cenário de guerra do Oriente Médio. Os outros, de primeiro mundo e super tecnológicos são caríssimos! Mas nem tanto. Tem um site oficial de Dubai onde se é possível fazer as reservas com valores bem mais em conta: http://flights.definitelydubai.com/dubaihotels.php
Ainda não fizemos nossa reserva porque ainda não pesquisamos o suficiente sobre as regiões da cidade, mas vamos fazer isso logo.
O que já sabemos é que é necessário visto para Dubai. O processo é simples, mas diferente de tudo o que estamos acostumados. Lá, eles trabalham com um esquema de patrocinador do visto. O principal patrocinador é a própria Emirates. Mas, para quem chega por outra companhia aérea, pode buscar o patrocínio com o hotel e isso é bem comum. O processo parece simples, mas não é de graça. Com a Emirates, por exemplo, custa US$ 55.
A Débora tem um post no blog dela bem detalhado sobre isso. Vale a leitura:
http://www.revistadeviagem.net/planejamento/vistos/como-tirar-o-visto-para-dubai/

Bom, já no destino final, queremos expandir para a Tailândia e talvez Camboja e Indonésia. Dizem que é bem barato se locomover por lá e, especialmente na Tailândia, as coisas são bem baratas.
Quando tivermos pesquisado mais sobre esses destinos, postaremos novamente com mais detalhes.

Aguardem!

domingo, 7 de junho de 2015

Cancun – Dia 6 – Tulum com Xel Ha

Hoje foi nossa vez de acordar a Helô. Acordamos às 6:40 para pegarmos o ônibus das 7:30.
O ônibus chegou às 7:25 e já saímos rumo à central de embarque dos passeios da Go México. Eles fazem o esquema de cada ônibus pegar todos os turistas de todos os passeios em um número reduzido de hotéis e levar todos para a central para, então fazer a distribuição nos ônibus certos de cada passeio. É um modelo inteligente mas poderia ser um pouco mais ágil na central de embarque já que ficamos um tempo razoável lá aguardando o processo de check in. Embarcamos em um bom (não ótimo) ônibus e rumamos para Tulum, nossa primeira parada.
O guia, Santiago, falava tudo em espanhol e repetia num excelente inglês, sem o sotaque bem típico mexicano. Ele parece ser um guia bastante experiente e é animado e tem umas piadas bem fundamentadas e engraçadas, diferente da maioria dos guias que eu conheço. Sua marca registrada é o jargão “Hasta la vista, baby”.
Ele falou tanto que quase não notamos a viagem de 2 horas até Tulum. Coisas para ficar atentos e que são comuns a qualquer excursão: eles tentam vender de tudo no ônibus – de água a filtro solar e câmera fotográfica sub aquática. No parque Xel Ha, é fortemente recomendado que não sejam usados filtros solares comuns já que é um parque natural com forte apelo em sustentabilidade. Ao invés disso, eles solicitam que sejam usados filtros solares naturais e que sejam rapidamente bio degradáveis. Com base nisso, o guia ofereceu seus produtos que eram mais baratos que no parque. Como tínhamos lido que o parque fornecia, gratuitamente, o produto, não compramos. Depois, descobrimos que o parque tem o produto para fornecer, mas não é gratuito e é realmente mais caro que do guia. Mas, diferentemente do que ele pregou, o parque não proíbe que filtros solares comuns sejam usados. De qualquer forma, o guia nos deixa bastante à vontade em relação à compra dos produtos.
Bom, depois voltamos a falar de Xel Ha. Falemos de Tulum que foi nossa primeira parada. Diferente da ilha das mulheres, é impraticável fazer a visita sem carrinho de bebê. São 10 minutos do estacionamento à área arqueológica e mais o tempo de visita. É muito tempo para ficar com o bebê no colo, fora o calor fortíssimo. Tem poucos degraus e área de areia fofa, o que não inviabiliza o uso do carrinho de bebê.
A visita é interessante e o acompanhamento do guia é muito importante para sabermos o que estamos vendo. Tulum era uma cidade portuária relativamente pequena e não se encontram pirâmides nessa cidade Maia que foi, por muito tempo, subordinada a outras cidades mais ricas e poderosas.
De frente para o templo da cidade, a 5 horas e uns 300 metros de distância, tem uma árvore que marca o melhor ponto de fotografia das ruinas da cidade que era fortificada por muro relativamente baixo, mas espesso o suficiente para que o exército pudesse alvejar o inimigo que tentasse passar por cima do muro.
Como é uma cidade portuária, é banhada pelo mar e tem uma pequena praia que pode ser visitada além de outra pequena praia que é exclusiva para criação de tartarugas marinhas. O acesso a essa praia que podemos acessar é através de uma alta escada, o que dificulta muito a descida de quem está com criança pequena. Nós estávamos com a Heloisa de 1 ano e 2 meses com carrinho e tudo e não descemos. Até teríamos tentado descer se a praia fizesse valer a pena, mas a do hotel em Cancun era muito melhor.
Voltamos para o ponto de encontro, num hotel / restaurante, a Fabi trocou a Helô numa cadeira, já que não tinha estrutura com trocador e pagou absurdos 4 dólares em um coco para a Helô.
Mais 15 minutos de ônibus no sentido de Cancun e chegamos a Xel Ha. É um parque all inclusive com 4 restaurantes (mexicano, fast food, internacional e um de frutos do mar) e com quiosques de bebida (refrigerantes e cerveja).
Almoçamos no restaurante de cozinha internacional. Não eram tantas as opções, mas eram boas, bem temperadas e nos esbaldamos. Até a Helô que estava chatinha para comer, adorou a comida. Por ser um parque ecológico, eles não têm canudos e a Helô teve que tomar suco no copo. Para ela não foi um problema, mas é uma dica para quem tem bebê que já usa canudo, mas que ainda não consegue usar copo.
De lá, fomos retirar nosso kit de snorkeling e deixar a malinha de itens que não usaríamos em um guarda volumes. Tudo isso já está incluído no preço do parque. Então, pegamos um trenzinho até o início do rio para descermos, os 3, de bóia até praticamente a entrada do parque. A primeira dica aqui é, se você não for descer o rio fazendo snorkeling, não pegue o equipamento antes. Isso porque deixamos todos os nossos itens na chapelaria do rio (inclusive o carrinho de bebê), mas eles não recebem snorkeling. Então, tivemos que dar um jeito de descer com os kits nas mãos. Tudo o que deixamos na chapelaria do início do rio é levado pelos funcionários do parque e deixado em outro quiosque no fim da travessia. É um serviço muito legal e ajuda bastante.
A descida do rio é mais difícil do que esperávamos já que não há correnteza. Então, tive que ir remando com as mãos para nos movermos bem devagar. Levamos 1 hora para atravessar o rio e, em dado momento, a Helô se enfezou e tive que tentar acelerar, mas não foi fácil. No meio do rio, o cabeçudo aqui descobriu que remando de costas era muito mais eficiente e conseguimos nos mover mais rápido. Para quem tem mais tempo ou que está sem criança pequena, vale a pena ir parando no caminho e usufruindo de outras diversões como saltar de plataformas, atravessar o rio na corda bamba, fazer tirolesa além de ir fazendo snorkeling no percurso do rio.
Chegamos no parque por volta das 13:00 e nossa saída estava marcada para às 17:00. Então, até almoçar, nos encontrar no parque e tal, tivemos apenas umas 3 horas para aproveitar. Por isso, não chegamos a usufruir muito de Xel Ha. Recomendamos passar o dia todo lá e tentar dividir o passeio em 2. Se tiver tempo, dá para ir para Tulum em outro dia e parar na Playa del Carmen para aproveitar a viagem.
Xel Ha é um parque aquático natural, com atividades típicas realizadas em parques como esse e mais outras atrações como praias fechadas e nado com golfinhos (pago à parte) e com uma infraestrutura muito boa. Recomendamos! Quem não levar carrinho de bebê, o parque empresta, já que é uma área bem extensa e carregar criança no colo não é fácil.
Depois de descer o rio, fizemos snorkeling no final do rio e vimos algumas espécies de peixes. Da escada de onde descemos e onde a Helô ficou esperando dava para ver os peixes e ela se divertiu. De qualquer forma, se o intuito é fazer snorkeling, Ilha Grande no Rio de Janeiro é mais interessante.
Atrasamos uns 20 minutos para a volta esperando por duas pessoas e, depois desse tempo, saímos deixando-os para trás conforme previamente combinado com todos.
A volta foi tranquila, com a Helô dormindo o tempo todo. Deixaram todos na entrada (do lado de fora) de seus respectivos hotéis, o que achamos bom porque entrar nos hotéis acaba gastando muito tempo e teríamos demorado muito mais se tivéssemos que deixar todo mundo na recepção de cada hotel.
Na chegada já estávamos com fome e paramos para nossa última pizza no Hard Rock hotel. Fomos jantar novamente no nosso restaurante favorito, o asiático Zen. Mas, essa noite, para variar, ficamos no a la carte. Para mim, que tenho intolerância a tudo o que vive na água, eram poucas as opções, mas meu frango estava uma delícia. O camarão da Fabi, segundo ela, também estava muito bom. A Helô repetiu o jantar da noite anterior e comeu outros 4 espetinhos de peixe empanado. Boas sobremesas novamente e voltamos para o quarto para arrumar as malas enquanto a Helô dormia.
Dia seguinte, enquanto eu terminava os últimos detalhes nas malas, a Fabi e a Helô desceram para se despedirem da piscina e da praia. Dessa vez, deixamos mais roupa da Helô na mala de mão, já que, na ida, ela sujou a roupa e ficamos sem nova troca. Então, aprendemos que, em viagens longas, devemos abusar das trocas da bebê na mala de mão para não passarmos apuros.
O transfer passou para nos pegar uns 20 minutos antes do horário combinado e, como já estávamos prontos, chegamos mais cedo no aeroporto. Check in e embarque correram tudo bem. Estávamos preocupados com nossa conexão em Nova Iorque (Newark) já que tínhamos 2 horas entre os vôos, mas a imigração foi super rápida e ainda tivemos que esperar o embarque por 2 horas já que o vôo atrasou.
A viagem foi tranquila, especialmente porque voltamos de primeira classe. Foi nossa primeira experiência em primeira classe e entendemos o porquê de tanta diferença no preço. Parecíamos dois estreantes em viagens. A Helô dormiu o tempo todo porque estava exausta depois de ficar correndo com outras crianças no aeroporto enquanto esperávamos e também pelo efeito do remédio anti-inflamatório que demos a ela para dormir (veja post do primeiro dia em Cancun para mais detalhes).
Até a próxima viagem! 

sábado, 6 de junho de 2015

Cancun – Dia 5 – Isla de las mujeres

Hoje fomos fazer um passeio mais longo. Fomos até a ilha das mulheres.
Existem pacotes de passeio por lá, mas não consegui ver valor nisso já que só tem um jeito de chegar na ilha e a ilha é muito pequena para ter algum tipo de tour local.
Para chegar até a ilha, basta pegar um ônibus até a Playa Tortuga (praia tartaruga) e pegar um ferry. Tem ferrys de outros pontos de Cancun também, mas são um pouco mais afastados e a viagem não é direta. A saída tanto para ida quanto volta ocorre de hora em hora, sendo o último horário de ida às 17:00 e de volta à 17:30.
A empresa que todos recomendam utilizar para o transporte marítimo é a Ultramar, com custo de US$ 19 por pessoa ida e volta. Alguns blogs e pessoas locais dizem que custa US$ 14. Provavelmente, tiveram aumento recente de preço já que o preço que pagamos é o que está indicado no site da Ultramar e em placas no local de embarque.
É altamente recomendado que chegue uns 15 ou 20 minutos antes da saída prevista do barco. Chegamos em cima da hora e a embarcação das 11:00 já estava lotada. Por sorte (não sei se isso é comum), como tinha bastante gente ficado de fora, chamaram outro ferry que partiu às 11:20 e não tivemos que aguardar até o meio dia.
O trajeto é tranquilo e leva em torno de 20 minutos. Tem acento interno, com conforto e ar condicionado, e externo, na parte superior da embarcação, menos confortável, com ar condicionado natural (brisa do mar) e que dá uma vista esplêndida! Dá para ver a marca registrada do mar do Caribe que são as diferenças de cores do mar, com tons de azul chegando a um tom inacreditavelmente claro. Para quem não se importar em tomar meia hora a mais de sol, recomendamos o trajeto na parte de cima do ferry.
Chegamos em um pequeno porto com boa infraestrutura básica.
O nome Ilha das Mulheres foi atribuído pelos colonizadores espanhóis devido ao alto número de imagens da deusa Maia Ixchel.
A ilha é bem pequena, com apenas 8km de comprimento e atravessamos para o lado do mar aberto com uma caminhada bem curta. Para percorrer a ilha toda, é muito comum o aluguel de carrinhos de golf. O preço para o dia todo varia entre US$ 40 e US$ 50. Mas, de você pretende alugar um carrinho, chegue cedo à ilha e, imediatamente, ao chegar, atravesse a rua do cais e já retire seu carrinho. Nós chegamos por volta do meio dia, a Fabi foi trocar a Helô, demos fruta para ela, e, quando fomos pegar nosso carrinho, não tinha mais por menos de US$ 50. Como sabíamos que a Helô ainda teria que dormir uma horinha e tínhamos a intenção de voltar no barco das 15:30, não iríamos usufruir do carrinho. Então, ficamos a pé mesmo. Para quem quer, tem muita opção de taxi na ilha. Se a intenção é se locomover a um local específico e depois voltar, vale mais a pena o taxi.
Tem um passeio que parece ser bastante interessante na ilha das mulheres que é a visitação ao museu subterrâneo. Há alguns anos, o governo instalou essa iniciativa e “plantou” esculturas no fundo do mar. Então, mergulhadores vão até esse local apreciar a arte das esculturas e a arte que a natureza está formando nesses objetos.
De qualquer forma, a melhor praia fica no norte da ilha que é bem próximo de onde chegam as embarcações. Então, fomos caminhando sem problema. A praia é de areia branca, fofa e fria, padrão das praias caribenhas. O mar é totalmente calmo, sem onda nenhuma, já que essa parte da ilha fica voltada para o continente. Para a Helô, foi perfeito já que não tivemos que nos preocupar com as ondas. Conforme previsto, ela adorou! Não queria sair da água.
Pagamos US$ 14 pelo par de cadeiras de praia com guarda-sol para o Alexis que nos indicou um restaurante do outro lado da rua caso precisássemos usar o banheiro. Quando começou a chover um pouco mais forte, um pouco antes das 16:00, fomos lá trocar a Helô e nos trocar para voltar ao continente. O local é meio rústico e não tinha trocador, mas não tivemos problema em trocar a Helô num sofá próximo à piscina do restaurante / hotel.
A chuva começou um pouco antes, mas eram pequenos chuvisqueiros. Até essa chuva que nos tirou do mar era um chuvisqueiro mais forte e que já tinha passado ao saímos do restaurante. Como tínhamos tempo para a saída das 16:30, demos uma volta pelo centrinho da cidade e a Fabi comprou uma papinha para dar para a Helô que, assim como nós, não tinha almoçado ainda. Estava apenas com as papinhas de fruta que o hotel tinha nos dado no pacote de recepção de bebês. Essas papinhas quebraram um galhão!
Nós resolvemos não levar o carrinho de bebê nesse passeio e foi uma decisão super acertada. Não recomendamos levar carrinho de bebê porque, basicamente, vão ficar em praias e carrinhos não combinam com areia fofa. Valeu muito mais a pena carregar a Helô, mesmo já estando bem pesada, por alguns minutos e não nos preocupar com um trambolho a mais.
Já no continente, paramos em um quiosque de turismo para decidirmos o que fazer no dia seguinte.
Por todo lugar que andávamos por todo lado em Cancun, éramos abordados por multidões querendo vender pacotes turísticos. Isso me irrita bastante e, mesmo que esteja em momento de compra, passo batido. Como passamos em frente desse quiosque e a moça não nos abordou, paramos para conversar.
Queríamos conhecer Tulum e, possivelmente, emendar outro passeio no caminho. Uma opção era parar em Playa del Carmen que já ouvimos falar muito bem. Outra era de realmente apenas ir a Tulum e voltar ao hotel. Uma outra opção, que é a que acabamos escolhendo é ir ao parque Xel Ha que é bem próximo de Tulum. Escolhemos esse passeio porque todos recomendaram para crianças e, embora a Helô ainda não seja propriamente uma criança para curtir parques aquáticos (tem 1 ano e 2 meses), ela adora água e achamos que ela vai gostar. Esse pacote no hotel estava sendo vendido por US$ 149 por pessoa e pagamos, no quiosque da rua, US$ 110 cada.
Voltamos ao hotel e mandamos ver na pizza, nossa parada obrigatória de cada dia. Mais à noite, fomos conhecer o restaurante asiático do Hard Rock hotel, Zen. Eles têm opção a la carte e aquelas chapas que preparam o jantar na nossa frente com um certo showzinho e escolhemos essa segunda opção. O show é bacana e a comida muito boa. A mais saborosa até então. Nos serviram arroz frito, legumes, frango e carne em cubos e camarão. As sobremesas também eram bem elaboradas e não muito convencionais. De entrada, tinham espetinho de peixe frito e rolinho primavera. A Helô adorou o peixe. Comeu quatro espetinhos e estava pronta para mais. Tadinha, ela não aguenta mais frango insosso daqui.
Hoje o dia foi puxado, mas valeu a pena. Amanhã teremos que acordar muito cedo para a excursão e vai ser ainda mais puxado.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Cancun – Dia 4 – Passeio de ônibus

Hoje decidimos dar uma volta e conhecer Cancun um pouco melhor. Tem um ônibus circular que passa por toda a zona hoteleira e é uma mão na roda para turistas que querem ficar mesmo por essa região. O ônibus custa US$ 1 ou 10,50 pesos. Vale mais a pena trocar o dinheiro e pagar em pesos, mas, como não tínhamos feito isso antes, acabamos gastando US$ 2 por trecho um trajeto bastante curto. Os ônibus passam a todo momento e pode-se pegar qualquer um. Todos eles fazem o percurso todo da zona hoteleira e tem diversos pontos no percurso.
Nossa primeira parada foi na “Plaza la Isla”. É um mall bem arrumado, com lojas típicas mexicanas mas dominado por lojas de grifes norte americanas e europeias. Lá fica o aquário de Cancun e resolvemos entrar para apresentar a vida marinha para a Helô. Pagamos US$ 14 por pessoa e, sinceramente, poderíamos ter deixado para visitar o aquário de Santos ou de Ubatuba em uma próxima vez. Não tinha nada realmente interessante para nós adultos e que já visitamos aquários realmente interessantes. Para quem gosta de aquário, a Fabi recomenda um na Califórnia, em Monterey, e eu recomendo um em Galveston, região de Houston, Texas. Mas, de qualquer forma, como a intensão era realmente de levar a Helô para ver peixinhos, foi bom porque o aquário é pequeno e não fica cansativo. Lá, eles têm opção de nadar com os golfinhos (não fizemos) e de assistir ao show deles todos os dias às 19:00, mas não ficamos e nem voltamos mais tarde (também tinha essa opção com a compra do ticket). Eu peguei estrela do mar, pepino do mar e ouriço (espécie não venenosa) na mão. A Fabi não quis pegar porque ficou com nojo e não deixamos a Helô pegar porque senão ela ia querer comer.
De lá, fomos para o centrinho de badalação de Cancun. Hotéis como La Fiesta Americana e Riu ficam bem no fervo e, para quem busca esse tipo de entretenimento, deve ser opções melhores do que o “afastado” Hard Rock. Como era durante o dia, estava tudo fechado e as ruas relativamente vazias. Passamos pelo Coco Bongo, Señor Frog’s, Daddy’O, entre outras opções de badalação noturna. Ficamos de voltar à noite para sentir a energia do lugar, mas a nossa energia acabou antes de passarmos por lá para recarrega-las.
Voltamos para o hotel, colocamos nossos trajes de banho e piscina adentro! O suficiente para a Fabi e Helô se molharem (eu nem cheguei a entrar) e voltou a chover. Fim de diversão? Que nada! Fomos para o quarto usar nossa banheira de hidromassagem. No início, a Helô ficou meio ressabiada, mas depois não queria mais sair.
Hoje resolvemos jantar no restaurante mexicano, Frida. Como eu estou com o estômago bem irritadiço, resolvi ir bem de leve e acabei escolhendo opções que não eram, de fato, as melhores. Comi uma saladinha de entrada (muito boa) e a Fabi saboreou um ceviche que, segundo ela, estava muito bom. De prato principal, fiquei nas enchiladas vegetarianas (espinafre e cogumelos) que foram estragadas (no meu paladar) porque foram cobertas de guacamole. A Fabi gostou das enchiladas mole (molho com base de chocolate) dela. O que me salvaram foram os churros de sobremesa. A Helo chegou dormindo e, conversando com o garçom, ele disse que poderia fazer uma sopinha de frango e legumes pra ela (conhecida como canja). Acordamos a Helô mas ela não comeu praticamente nada e ficou apenas com a mamadeira da noite, tadinha. O garçom que nos atendeu foi nota 10! Super atencioso, explicava as coisas muito bem, fazia sugestões sempre que solicitado, nos ajudou com a comida da Helô e ganhou o nosso prêmio de funcionário do mês.
A lua deu um show à parte essa noite. Como o céu está aberto e é noite de lua cheia, ela pintou o mar de prateado e clareou a noite.
Amanhã vamos para a Isla de las mujeres (ilha das mulheres) que dizem que é linda. Para ajudar, a previsão é de 20% de chuva apenas. Esperamos que tenhamos sucesso!


Cancun – Dia 3 – Choveu

Hoje a Fabi teve que trabalhar, aliás, combinado não sai caro, e eu fiquei com a Helô o dia todo bagunçando.
Fomos tomar café da manhã no Zen (restaurante asiático). Por sinal, eles servem café da manhã em três dos restaurantes: The Market, Zen e Ciao (italiano). Nesse último, que é onde a Fabi foi, tem menos opções e não recomendamos. Bom, de volta ao Zen. Tem de tudo o que tem no The Market, mas num salão único, sem ter que subir escadas. Como eu estava sozinho com a Helô, isso acabou fazendo diferença.
Depois de tomarmos café da manhã, ela tirou um cochilo e depois fomos passear pelo hotel. Encontramos a Fabi trabalhando no Business Center mas claro que não ficamos. O hotel oferece essa área de Business Center com 5 cabines totalmente fechadas com portas de vidro, o que reduz ainda mais o ruído da área afastada no hotel onde se encontra. São cabines bem pequenas para uma pessoa apenas e cadeira e bancada altas. Ambiente ideal para se resolver algo rápido. Mas, como a conexão de internet é melhor lá do que no quarto, a Fabi acabou trabalhando o dia todo de lá.
Nos encontramos para almoçar no The Market, o único restaurante que serve almoço e, no terceiro dia, está muito claro que não há opções de cardápio. Todos os dias são servidas as mesmas coisas, o que já está enjoando. Ainda que se tivessem algo realmente maravilhoso, tudo bem. Mas não é o caso.
Voltamos para o quarto e nos preparamos para ir à praia ou piscina, mesmo com o tempo bem nublado. Mas não deu tempo. Quando estávamos entrando na piscina, começou a chover. E choveu forte. A Helô, tadinha, ficou desapontada. Fui em um banheiro masculino próximo à piscina e além de super limpo, tinha trocador e nem precisamos subir para o quarto para deixar a Helô pronta para sair correndo pelos corredores do hotel.
Aliás, usamos aquela fralda própria para piscina que não estufa (Huggies-Little Summer), mas ela serve mais para efeito psicológico do que efetivamente para segurar xixi da criança. Tive que parar no trocador porque a Helô fez xixi quando começou a chover e molhou toda a roupa dela e a minha. Não fui eu que coloquei a fralda errado não. Isso voltou a acontecer outras vezes.
Bom, como estava chovendo e a área de crianças está em reforma, com cheiro de tinta, além de ficar fora do prédio do hotel, o que nos forçaria a passar pela chuva, o jeito foi ficarmos zanzando pelas áreas comuns do hotel que ficaram lotadas. Em um dado momento, alguém começou a preparar bebidas de café e que pareciam muito boas. Mas não pude provar porque a Helô estava dormindo no meu colo em um dos sofás do amplo espaço comum.
À noite, fomos jantar no The Market que, a cada noite, tem um tipo de cozinha especial. Hoje foi a noite italiana. Como era de se esperar não tinha nada realmente especial, mas a lasanha e o rondeli de ricota estavam surpreendemente saborosos. A Helô que já não aguenta mais comer a mesma coisa todo dia (arroz, frango, brócolis e cenoura) no almoço e na janta, mandou um belo pedaço de lasanha pra dentro. Dica importante para quem vem com criança: as opções são sempre as mesmas e poucas. A Helô é uma criança que come de tudo e muito bem. Muita gente fica maravilhada ao vê-la comer. E ela já está começando a rejeitar a comida e isso nos preocupa. Ela já não come mais papinha, mas deveríamos ter trazido mais (trouxemos apenas 3) já que ela prefere a papinha à comida daqui. De novo, a comida não é ruim e é ótimo porque não tem pimenta mesmo estando no México. Mas é bastante insossa e as opções são sempre as mesmas e poucas em se tratando de bebês.
A previsão para amanhã é de chuva novamente. Tomara que estejam errados porque seremos novamente 3 e a Helô está ansiosa para entrar no mar e na piscina novamente.


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Cancun - Dia 2 – Ala infantil

Atendendo a pedidos, hoje o post será mais curto.
Fomos tomar café no restaurante principal (The Market) que tem uma grande variedade de pratos, mas que pouca coisa agradou nosso paladar. Embora eu preferisse café da manhã de hotel padrão brasileiro (mesmo com muito menos opções), esteve bom e comemos bem. Inclusive a Helô que comeu a fruta dela e cerrou nossos pães.
Depois do soninho da Helô, fomos conhecer a ala infantil do hotel. Tem várias opções de brincadeira, incluindo sala de balé, piscina de bolinhas, pula pula, lego, mesas de jogos para crianças um pouco maiores, cinema com vídeo game e uma grande piscina (rasa) com vários escorregadores para divertir a garotada, além de uma cozinha própria para suprir os pequenos que passam parte do dia lá com os monitores.
Embora a área tenha todas essas opções, apenas a piscina estava realmente aproveitável porque eles estão fazendo manutenção no espaço e o cheiro de tinta está forte. O que realmente interessava a Helô era a piscina e isso não chegou a atrapalhar. Também, não podíamos deixa-la com os monitores já que crianças menores de 2 anos devem estar acompanhadas dos pais o tempo todo.
Helô se divertiu à beça na piscina. Queria correr dentro da piscina, ficava jogando água pra todo lado e adorou o escorregador de onde desceu, sozinha, um monte de vezes, até cansar. A diversão ficou ainda melhor quando chegaram mais algumas crianças, um pouco maiores, e ela queria ficar correndo atrás deles.
O fato de correr atrás de todas as crianças à vista e de mexer com todos os que passam a tem tornado popular no hotel. À tarde, paramos nas cadeiras das piscinas para relaxar um pouco comendo uma pizza e tomando nossas biritas e a Helô foi se enturmar em uma mesa de marmanjos que conversavam alto e davam risada.
No fim do dia, na frente da piscina, começaram a tocar rock ao vivo e continuamos ouvindo o belo som do nosso quarto enquanto nos preparávamos para jantar. A música, aliás, tem sido um ponto alto constante do hotel.
Fomos jantar no restaurante italiano (Ciao) e entramos após algo em torno de meia hora de espera. Ao entrar, notamos que o local estava bastante ocioso. Não sei se porque todos saíram ao mesmo tempo ou se eles seguram as pessoas na fila para dar aparência de muita procura, como fazem em algumas baladas por aí.
Pois bem, o cardápio é bastante interessante, com opções vistosas! Nos serviram um pão de couvert com sardela e pesto e estava uma delícia! De entrada, pedimos polenta ao ragu de ossobuco. Alguém precisa ensiná-los o que é ossobuco porque aquela carne era tudo, menos ossobuco. Na verdade, acho que era acém ou alguma outra carne de panela mais magra. Como prato principal, a Fabi pediu ravióli ao molho bechamel (molho branco) cheio de cebola e eu pedi pato assado com legumes. Aí entendi onde foi parar a gordura da picanha da noite anterior. Estava toda no pato. Não sou especialista em pato, mas nunca comi uma ave tão gordurosa. A camada de gordura estava extremamente espessa, que se parecia mais com lombo suíno. Dessa vez não pedimos sobremesa porque estávamos realmente satisfeitos (come-se o tempo todo por aqui) e também porque achamos que não valeria a pena arriscar.
Em tempo, enfim fomos falar com a pessoa aqui do hotel que fica nos chamando o tempo todo para saber sobre a pontuação que ganhamos e como usá-la. Basicamente, eles nos dão uma quantidade de dólares para usufruir nas atividades oferecidas pelo hotel (spa, passeios etc) e só temos que pagar 20% de taxa. A moça não soube nos falar que taxa é essa e, no aperto, disse que são impostos. Os 20% que pagaríamos praticamente iguala o preço de passeio adquirido fora do hotel. Então, cuidado, porque é enganação. Eles tentam nos fazer pensar que estamos ganhando alguma coisa, mas, quem pesquisa, sabe que isso não é verdade.


domingo, 31 de maio de 2015

Cancun – Dia 1 – Hard Rock rocks!

Mas antes de falar do hotel, vamos contar como chegamos até ele.
Nos posts dessa viagem vocês vão notar algo muito diferente assim como nós também estamos notando desde o planejamento até a vivência da viagem. Estamos viajando com bebê!
A preocupação da vez era que a Heloisa dormisse durante os vôos e decisão mais óbvia era dar Dramin para ajudar a relaxá-la. Tomamos, porém, uma decisão prudente e a Fabi consultou a pediatra que disse para tentar dar esse medicamento mesmo, mas recomendou que testássemos antes. Esse foi o pulo do gato. A Helô ficou super agitada e foi difícil fazê-la dormir nessa noite. A pediatra, então, recomendou um anti-alérgico que funcionou melhor no teste prévio e, conversando com o farmacêutico a comprar esse novo remédio, disse que realmente há relatos de o Dramin deixar a pessoa mais desperta. Não vou compartilhar o nome do anti-alérgico aqui porque é realmente importante consultar o médico do seu filho para fazer a coisa certa.
Pois bem, nosso vôo estava marcado para às 21:00 de sexta-feira e, pela experiência de a Fabi ter perdido um vôo das 21:20 em uma sexta-feira recente, resolvemos sair mais cedo. Foi o suficiente para chegarmos a tempo de dar o jantar da Helô mas só porque o vôo atrasou meia hora. Não fosse isso, chegaríamos e entraríamos direto no avião. Sexta-feira tem sido um dia definitivamente complicado para voar por Guarulhos.
Como compramos nossas passagens com milhas da United, a injeção na testa foi voar até Washington DC (10 horas) e, após conexão relativamente curta de 2:25, novo vôo de 3:30 voltando para o México.
A pergunta é: o anti-alérgico funcionou na Hora H? Sim! Funcionou até de mais! A Helô dormiu depois de mamar, seguindo a rotina normal e, mesmo dormindo toda desconfortável no colo da mãe, foi direto até acenderem as luzes do avião para passar com o café da manhã. E ainda acordou com aquela cara de “Quem mandou acenderem as luzes? Será que ninguém notou que tem uma bebê tentando dormir aqui?” e dormiu de novo.
Meu tablet com o milagroso “Galinha Pintadinha” só foi usado no início do vôo para Cancun, antes que ela dormisse de novo.
A viagem, em relação à Helô foi perfeita. Ela não nos deu trabalho algum. Mas a United, em compensação... eu me senti voando no 14-bis. Avião velho e apertado (mais que o normal). Comida horrível (mais que o normal). O ponto alto foi um comissário de vôo, já senhor, que nos tratou super bem durante todo o tempo, mas tenho certeza que foi por conta da bebê.
Para não fugir da rotina, a conexão teve emoção. Como eu comentei antes, tínhamos 2:30 de conexão em DC, sendo que o vôo saiu meia hora atrasado, teríamos que fazer imigração, pegar as malas, passar pela alfândega, trocar a fralda da Helô, passar pelo security novamente, correr até o gate (para quem conhece o aeroporto de Dules, é uma construção antiga mas muito grande sendo que se pode dar o azar de ter que se movimentar de um terminal a outro de ônibus). E com um detalhe de que estávamos sentados na penúltima poltrona do avião e, até que conseguíssemos sair do avião e colocar a Helô no carrinho, já seríamos os últimos. E realmente o fomos. Como o aeroporto é antigo, os corredores que levam do gate até a área de imigração, são muito estreitos e não conseguimos fazer nenhuma ultrapassagem. Então, fomos os últimos a fazer a imigração, a pegar nossas malas sozinhas abandonadas no saguão, passar pela alfândega e security. Isso não foi suficiente para nos fazer perder nosso vôo, mas, de novo, foi bem corrido. Compramos algo para comer e já entramos no avião (mesmo se tratando de um vôo internacional, não havia comida no vôo, nem para quem quisesse pagar por ela). Mas creio que o fato de termos sido os últimos a fazer todas essas coisas e estarmos sozinhos nas respectivas áreas no aeroporto e com uma bebê linda que mexia com todo mundo nos proporcionou algo que eu nunca tinha visto antes nos EUA em minhas dezenas de viagens para aquele país. Todos os funcionários foram educados e atenciosos conosco.
Eu já ia me esquecendo de mencionar que, ao embarcarmos em São Paulo, a Fabi entregou os bilhetes de DC para Cancun e, por incrível que possa parecer, isso não foi detectado no padrão de qualidade e acabamos nos sentando em lugar errado e, o pior, estávamos sem os bilhetes do segundo trecho, lembrando que teríamos um tempo curto de conexão. Por sorte, havia um balcão da United na área de bagagem em Dules e a moça, educadamente, os reimprimiu para nós.
Chegando no México, após passar pela demoradíssima imigração e ter um labrador literalmente babando na minha mala de mão procurando por drogas ou comida in natura, o que vimos foi um mar de guias turísticos, vans e o que mais de profissionais do ramo do turismo angariando seus novos clientes.
Nesse momento, a ficha caiu: Estamos em Férias! Em Cancun!
Tínhamos contratado, previamente, o traslado com o hotel com custo de US$ 28 por pessoa (ida e volta) para pagar diretamente no hotel. A condução é coletiva, mas já conhecemos bem isso e trata-se de uma van que leva até sua capacidade máxima (todos sentados) diretamente ao hotel. Acabamos dividindo a condução com um simpático casal de americanos que vieram para o casamento de uma sobrinha.
Pesquisando no aeroporto, o serviço de taxi sairia por US$ 25 por pessoa (ida e volta) contratando diretamente no local.
Chegamos ao hotel. Por fora, olhando da rua, não é um hotel que impressione, mas, por dentro, a situação é bem diferente. Trata-se de um hotel grandioso, com decoração muito bem escolhida seguindo a mesma temática dos restaurantes da rede Hard Rock e com funcionários prestativos por todos os lados, esperando pela sua parte da gorjeta. Logo que chegamos, tivemos um incidente com a fralda da Helô e, na correria, uma senhora da limpeza que notou que o nariz dela estava escorrendo e logo chegou com lencinho para que pudéssemos limpá-la. Esse gesto pode parecer simplório, mas já deixou claro o tipo de atendimento que teríamos a partir daquele momento. O Hard Rock Hotel ganhou mais um ponto conosco e a moça da faxina merece um reconhecimento deles já que não chegou a receber nossa gorjeta.
Problema da fralda resolvido, deixamos a Helô explorar o local e ela adorou! Ficou em êxtase correndo pelos corredores do hotel. Corria sem rumo, gritava e mexia com todos os que passavam. Figura!
Não conseguimos disponibilidade imediata de quarto já que o check-in é a partir das 15:00 e fomos almoçar no “The Market”, um dos restaurantes All-inclusive do hotel enquanto esperávamos receber um email de liberação do quarto através do Wi-Fi grátis disponível e acessívem por toda a extensão do hotel.
Ficamos bastante satisfeitos com a quantidade de opções disponíveis no buffet do The Market que, embora a maioria não agradasse nosso paladar, a grande variedade certamente atendeu à nossas necessidades e as da Helô. Uma preocupação que tínhamos era quanto ao tempero forte e bastante apimentado, típico dos Mexicanos. Mas, surpreendentemente, a comida é até um pouco insossa e sem pimenta nenhuma.
Enquanto terminávamos de almoçar, chegou o email e subimos para nosso quarto que não é tão grande, mas o suficiente e com vista frontal para o mar. Bom, o tamanho suficiente é para mim e a Fabi, porque a Helô botou pra quebrar e correu por todos os cantos do nosso quarto explorando cada pedacinho, inclusive a pequena varanda, com parapeito em vidro alto o suficiente para mantê-la em segurança.
Conversando com uma pessoa do customer care center na semana anterior à nossa chegada, descobri que o hotel estava com uma promoção em que o pacote oferecido para crianças (incluindo berço, banheira, fraldas, papinha doce, lencinhos umedecidos, horas de babá, kit de brinquedos para praia) e que custa US$ 270 estava sendo dado gratuitamente. Para isso, bastava acessar um endereço do site do hotel (não tem link na página principal) e preencher um formulário. Claro que eu fiz isso, e me pareceu ser algo tão excluviso que nem os funcionários do hotel pareciam entender do que se tratava. Tive que falar com 5 pessoas diferentes no hotel e só consegui me fazer entender depois que perdi a paciência e deixei isso muito claro para meu quinto interlocutor. Meia hora depois, chegou a comitiva no nosso quarto com toda a parafernalha que tínhamos direito.
Mais para o final do dia, após mais uma soneca da nossa pequena, fomos para o mar e a piscina. Tente adivinhar se a Helô, que não conhecia o mar, ficou assustada. Pelo contrário, ela ficou encantada com tudo isso e queria se jogar na água. Adorou pular as ondas no nosso colo e a diversão só aumentava quando alguma onda um pouco maior quebrava em cima de nós cobrindo seu rosto de água salgada.
Não preciso dizer que o mar por aqui é de uma limpeza extraordinária e que a água é morna com areia fofa e fria a despeito do forte sol que fazia. Havia ondas, sim, mas muito pequenas, suficientes apenas para nos fazer segurar nossa bebê de 1 ano um pouquinho mais alto. Há várias opções de atividades bem aqui em frente do hotel, o que inclui passeio de para queda puxado por lancha e jet ski.
Saindo do mar, fomos curtir uma das piscinas do hotel, com água aquecida (nem precisava) e muito rasa que, embora não seja a piscina exclusiva de crianças, era a opção perfeita pra Helô que teve mais alguns instantes de pura diversão.
Ao lado da piscina há um quiosque de pizza com rápido atendimento e bastante saborosa. As opções de cerveja no hotel, como era de se esperar, não são as melhores e incluem, exclusivamente, Corona (para mim, a pior cerveja do mundo) e XX (Dos Équis) Light. Insistindo, eles entregam que têm chopp XX que é uma opção melhor e acabou salvando o paladar.
Um ponto fraco do hotel e que acredito ser padrão em Cancun é que a área do hotel não é lá muito grande devido à massiva oferta de hotéis, todos lado a lado, e isso acaba por comprometer a quantidade de opções de lazer e de gastronomia. Isso tudo em comparação com Punta Cana que é um local no Caribe que também conhecemos e que tínhamos que andar de trem para irmos até algumas das opções do resort, o que incluiam alguns restaurantes.
Os funcionários, porém, figuram o ponto alto do hotel. Todos muito simpáticos e prestativos.
No Hard Rock Cancun, há 5 opções de restaurante: The Market (restaurante principal com buffet e jantar típico a cada dia da semana), uma cantina italiana, um restaurante asiático e que preparam o prato no balcão (chapa) a nossa frente, um mexicano e o Ipanema, brasileiro, que, embora tenha nome carioca, tem os garçons caracterizados de gaúchos.
O Ipanema é o restaurante de maior destaque no hotel, ficando em um local de evidência e deveria ser muito bom. Acho que, principalmente esse tipo de hotel com belíssima infraestrutura e que recebe, diariamente, centenas de visitantes de todo o mundo, deveria estudar melhor as culturas para oferecer um ambiente realmente próximo do que se propõe em seus restaurantes. Como a fila de espera nos restaurantes italiano e asiático estavam bem grandes, resolvemos ir conhecer o brasileiro, embora meu amigo que me indicou o hotel já houvesse falado mal dele. Enfim, nos arrependemos. Começando que o restaurante de nome carioca e com garçons “gaúchos” tinha uma mesa de acompanhamentos muito ruim (qualidade, variedade e similaridade com a cozinha brasileira), passando pelos tipos de carne servidos (frango, linguiça, picanha, fraldinha, alcatra, frango com bacon, abacaxi com canela e só), pela forma com que a carne é cortada, e sabor das mesmas que todas pareciam ser a mesma coisa (em teste cego, daria empate), finalizando com o tempero da picanha assada sem a gordura que, ao invés de sal grosso, levava chimichurri. O sorvete do petit gateau estava bom.
Para fechar a noite, fomos até a atração do dia, no anfiteatro, assistir ao “Circo com Rock”. Animal! Excelentes músicas interpretadas por excelentes músicos (Rock’n Roll) e ótimos artistas circenses apresentando impressionantes números de acrobacia. Recomendamos!
A Helô estava tão cansada que adormeceu ao som do Rock’n Roll, que, por sinal, é a trilha sonora do hotel por toda a parte que vamos com uma seleção excepcional de músicas e que combina com a decoração do hotel.


domingo, 24 de maio de 2015

Rumo a Cancún

Esse ano foi bem puxado e, como estamos com a nossa bebê de 1 ano, resolvemos quebrar um pouco o processo e fazer uma viagem mais calma.
Londres vai ter que nos aguardar pelo menos mais um ano. Decidimos por não ir à Europa porque é uma viagem invariavelmente cansativa e, por mais que adoremos aquele continente, hemos de concordar que não é muito atrativo para crianças, especialmente as dessa fase que estão começando a conhecer o mundo.
Pensamos em ir para o sudeste asiático. A prima da Fabi mora em Cingapura e a ideia era unir o útil ao agradável já que eu tenho muita vontade em conhecer a região da Indonésia e Cingapura parece ser um lugar muito interessante!
Porém, ficamos preocupados com a distância. Achamos que seria muito sofrível para a Helô. E a cotação do dólar acabou por tornar essa viagem incogitável.
Então, acabamos por escolher Cancún como nosso destino de férias de 2015 por uma somatória de razões: queríamos aproveitar o destino mais tranquilo para ir para o litoral. A Helô ainda não conhece o mar e, como gosta muito de água, achamos que ela vai adorar. Gostamos muito do Caribe e é sempre bom voltar para lá. Embora eu seja da opinião de que quanto mais remoto, mais interessante o lugar, principalmente se tratando do Caribe, dessa vez temos que pensar que precisamos de um lugar com uma boa infraestrutura por causa da Helô. Como conseguimos emitir os bilhetes aéreos com milhas, embarcamos nessa ideia e fechamos a viagem para Cancún.
Como queremos sombra e água fresca (digo, praia e cerveja gelada), resolvemos optar por um resort all inclusive embora muita gente seja a favor de não investir nesse tipo de hotel em Cancún devido à grande oferta de passeios, restaurantes e baladas.
Um amigo recomendou nos hospedarmos no Hard Rock All Inclusive Resort e, como indicação é tudo, na dúvida vamos ficar com esse mesmo. Claro que eu pesquisei bastante e, embora a praia desse hotel não seja a melhor porque fica mais para o sul (quanto mais para o sul, mais agitado é o mar), entre todas as variáveis, essa realmente pareceu ser uma boa opção. Fechamos com eles porque consegui uma super promoção no Decolar.com. Se não fosse isso, provavelmente teríamos fechado com outro porque o Hard Rock não é uma opção barata.
Enfim, semana que vem contaremos se realmente o hotel é uma boa opção e mais várias dicas de Cancún. O que vale e não vale a pena e, claro, dicas para viajar para Cancún com bebês de 1 ano.
Boa viagem para nós e até semana que vem!