Hoje, para manter o pique, acordamos cedo e fomos direto ao Duomo que, por sinal, é lindo! É a igreja mais bonita que vimos até agora na Europa (o exterior apenas)!
Quando chegamos lá, a igreja ainda não tinha aberto e já tinha uma fila razoável. Resolvemos, então, conhecer os outros pontos para depois voltar à igreja depois de aberta e com fila menor.
Passamos pela Piazza della Signoria, onde fica o Castel Vechio e é uma praça encantadora com algumas esculturas a céu aberto.
Logo na esquina estava o Museu Uffuzi que era uma das principais atrações do nosso roteiro. Porém, infelizmente, a fila estava definitivamente desanimadora e, como estávamos com o tempo corrido, acabamos não indo. A Claudia vai me matar porque não fomos em nenhum museu em Florença, mas prometo que vou da próxima vez.
Alguns metros adiante estava a Ponte Vechio, super famosa pela idade já que foi a primeira construída em Florença e pela venda de jóias. Não tivemos condições de comprar nenhuma, mas a Fabi ficou com vontade, tadinha.
Voltamos, então para o Duomo e a fila estava imensa! Respiramos fundo e entramos na fila para visitar a igreja. Não subimos na cúpula e nem no campanário conforme sugestões da Cláudia e da Paula. Nunca fiquei numa fila tão interessante como dessa vez. Tinha um professor americano bem atrás de nós dando aula de história para um grupo afortunado de alunos que foi ver de perto o conteúdo das aulas e acabamos aprendendo muito sobre Florença e o Duomo.
A igreja por dentro não é tão majestosa como por fora e deixou um gostinho de quero mais.
Como estávamos perto do hotel e como o próximo destino era perto de onde o carro estava estacionado, resolvemos levar as malas até o carro primeiro. Foi uma bela caminhada arrastando as malas pelas ruas de pedras e ficamos aliviados com o fato de termos tirado o carro de onde paramos pela primeira vez na noite anterior já que um mercado com suas barracas estava armado bem no local. Teríamos que buscar o carro no pátio se não o tivéssemos tirado de lá.
Passeamos pelo mercado e eu comprei um belo pêssego que ainda não consegui comer e compramos pedaços de queijo, alguns tomates secos e pedaços de um tipo de salame que não me lembro o nome. Comemos sentados na escadaria da Santa Croce e o salame estava divino!
A Santa Croce não tem absolutamente nada a ver com a de Paris. É uma igreja grande, sim, e até que não é feia por fora. Mas, por dentro, o que tinha eram algumas poucas obras de arte e tumbas. Muitas tumbas. Das pessoas mais ilustres ali repousando podemos citar Dante Alighieri, Machiavel, Galileu Galilei e Michelangelo.



Fomos, então, pegar o carro para irmos até San Gimignano e tivemos uma nova surpresa. Na noite passada perguntamos quanto era a tarifa por 24 horas e a pessoa que nos atendeu disse que seriam 20 euros. Eu perguntei de novo e ele me disse, grosseiramente, que eram 20 euros. Hoje, a pagar o ticket, o valor era de 35 euros até o momento que estávamos saindo, que tinha dado umas 15 horas. Falamos com a pessoa que estava trabalhando lá e ele disse que era isso mesmo e que não podia fazer nada. Deu vontade de passar com a roda do carro em cima da cabeça dele, mas tivemos que pagar. Então, lição aprendida: nem pense em ir de carro para Florença. Essa cidade não suporta carros. Vá de trem.
O caminho para San Gimignano foi curto e que visão agradável quando chegamos aqui! A cidade é, realmente, o que vemos nas fotos. É toda fortificada, com todo o seu interior preservado, com as construções todas medievais. Eu fiquei pasmo e me sentindo na época das cruzadas. É, sem dúvida, o lugar mais impressionante que eu já pude ver. Passamos algumas horas passeando pelas ruelas e em torno da muralha e fomos, realizados para o hotel.
O hotel de hoje fica fora da cidade e não tivemos problema em encontra-lo e estacionar o carro. Porém, ao chegar, tivemos mais uma desagradável surpresa: ele estava fechado.
Como esse hotel fica dentro de uma fazenda, conseguimos encontrar umas pessoas daqui que, é claro, não falam uma palavra em inglês, então pedimos ajuda com meu super avançado italiano. Conseguimos descobrir que, realmente, não tem ninguém aqui e que eles só vêm abrir quando chega hóspede. Conseguimos uma boa alma que ligasse para a pessoa que chegou em 20 minutos para abrir a porta. Essa moça também não fala inglês mas é muito simpática e conversamos um pouco em italiano. Ela deixou as chaves do hotel conosco e foi embora. Estamos, agora, sozinhos, num hotel de pedras, dentro de uma fazenda, no meio da Toscana. Estou passado pela segunda vez. É uma sensação incrível olhar para os lados e ver todas as paredes de pedras de uma construção de vários séculos atrás. Para quem assistiu o filme Recém Casados, estamos em um quarto parecido com o do primeiro hotel que o casal foi passar a noite na França.

Voltamos para as fortificações de San Gimignano para jantar. A Fabi comeu risoto funghi já que estava com vontade de comer arroz e eu experimentei o gnochi daqui. Não gostei muito do meu prato e a Fabi adorou o dela. Ah, e comemos bruscheta de entrada. É bem diferente da nossa e a Fabi prefere a adaptada brasileira.
Amanhã vamos continuar na Toscana e seguir viagem até Montepulciano passando por outras cidades medievais no caminho.