Após o café
da manhã aqui no flat mesmo, fomos a pé para o Green Market Square que não fica
longe daqui. Éramos uns dos pouquíssimos visitantes da feira de artesanato e souvenires.
Tanto é que todos nos diziam que iam nos fazer um preço especial porque éramos
os primeiros clientes do dia. Compramos várias coisinhas e os itens eram muito
interessantes e bem feitos, todos com os motivos da África do Sul. Os trabalhadores
da feira são, diferente da nossa expectativa e do que vemos mundo a fora, muito
simpáticos, prestativos e respeitosos. Claro que eles estão lá para vender e
tentam fazer isso o tempo todo, mas com muita humildade. Humildade tanta que
eles falam baixo, quase que de cabeça baixa, certamente ainda reflexo do Apartheid.
Os negros são de imensa maioria pela cidade. Eu não sou um estudioso da história
africana, mas, devido ao Apartheid, eu imaginava que haviam muitos habitantes
de cor branca, mas descobri que 70% da população é formada de negros. E 25% dos
habitantes estão desempregados. Ainda como produto daquela segregação racial
horrenda, a grande maioria dos empregados é formada por negros. Isso ainda vai
demorar muito para mudar. Mas, independentemente de qualquer coisa, eles são um
povo muito alegre.
Bom, a
primeira impressão foi muito boa! Como nos cansamos da caminhada, ao invés de
esticarmos até Bo Kaap, voltamos ao apartamento para pegar o carro e nos
aventurar pelas ruas “na contramão”.
Bo Kaap é
um bairro com casas com fachadas coloridas. Nós desconhecemos a história, mas
deve ter um motivo para isso. Vimos um guia explicando para um grupo, mas não
conseguimos chegar perto o suficiente para ouvir as histórias. Tiramos umas
fotos e voltamos para tomar banho e assistir ao pôr do sol da Signal Hill.
No caminho
de volta ao flat, pegamos a rua na direção errada e acabamos dando uma volta
maior por cima de um morro, mas fomos presenteados por uma vista magnífica da
Table Mountain.
Pegamos um
trânsito bastante considerável até a encosta da montanha. Não sei se era por
conta da hora do hush ou porque é o caminho para várias atrações turísticas,
mas é bom sempre ter em mente sair um tanto mais cedo para não ter problemas e
não confiar no Waze que tem pisado muito na bola ultimamente.
No caminho,
já na subida da Signal Hill, tem um recuo onde se pode ter uma vista muito
bonita da cidade de Cape Town com a Table Mountain ao fundo. Não paramos pois
estávamos com o tempo apertado.
Por sorte,
chegamos a tempo no topo da montanha e conseguimos estacionar tranquilamente.
Para quem tem essa preocupação e prefere ir de Uber, nossa dica é ir de carro
mesmo. Não sei se estamos em uma época do ano de poucos turistas, mas estava
relativamente tranquilo. Na volta, vimos alguns carros estacionados na estrada,
o que também é uma opção. Mas, considerando que chegamos bem em cima da hora
(exatamente no início da Golden hour), se você chegar um pouquinho mais cedo,
vai estacionar sem problemas.
A vista é
fantástica e nos fez lembrar do pôr do sol de Oia, bairro da ilha de Santorini,
na Grécia.
De lá,
também se tem uma bela vista da Table Mountain.
Ao anoitecer,
fomos até o V&A Waterfront que foi mais uma grata surpresa. Eu imaginava um
píer meio decadente com algumas lojas e tal, parecido com Chicago, mas nada
disso. Trata-se de um espaço fantástico, muito bem arrumado, com um belo
shopping, excelentes restaurantes, uma grande roda gigante, opções para
crianças, enfim, vamos voltar de dia e a ideia é investirmos praticamente o dia
todo por lá.
Com a
insistência da Helô, acabamos indo na roda gigante à noite mesmo embora com a
visão comprometida. Depois, paramos para jantar num bom restaurante, com boa
comida e apreciamos nosso primeiro vinho sul africano de excelente qualidade
(pelo menos para o nosso paladar) pelo preço equivalente a ~R$ 50,00 no
restaurante, o que não deixa de ser uma pechincha.
Falando em
pechincha, pagamos o equivalente a ~R$3,00 pela noite no estacionamento.
Ah, claro,
tenho que falar do carro. A direção hoje foi menos tensa, mas é muito desconfortável
dirigir na mão inglesa. O caminho para a Signal Hill é muito sinuoso e estreito
e a Fabi passou maus bocados como minha carona. O fato de dirigir pela
esquerda, aliado ao fato de nosso carro ser bastante largo (Toyota Rav4), me
fazia dirigir muito próximo o limite no lado esquerdo, seja passando muito
próximo aos carros ou à ribanceira.
Amanhã
iríamos à Table Mountain pela manhã e depois ao V&A Waterfront, mas a
previsão do tempo está indicando que vai nublar depois de amanhã em diante. Então,
provavelmente vamos trocar o passeio da tarde pelas praias da cidade.
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