quarta-feira, 11 de abril de 2018

Dia 02 – 11/04/2018 – Cape Town

O fuso horário de 5 horas afetou as meninas e hoje levantamos após às 9:00. Então, como já estava tarde, mudamos a programação do dia e fizemos o que estava agendado para amanhã e vamos deixar a subida à Table Mountain para amanhã. Esperamos que o dia amanhã amanheça como hoje, totalmente sem nuvens, com uma visibilidade perfeita!

Após o café da manhã aqui no flat mesmo, fomos a pé para o Green Market Square que não fica longe daqui. Éramos uns dos pouquíssimos visitantes da feira de artesanato e souvenires. Tanto é que todos nos diziam que iam nos fazer um preço especial porque éramos os primeiros clientes do dia. Compramos várias coisinhas e os itens eram muito interessantes e bem feitos, todos com os motivos da África do Sul. Os trabalhadores da feira são, diferente da nossa expectativa e do que vemos mundo a fora, muito simpáticos, prestativos e respeitosos. Claro que eles estão lá para vender e tentam fazer isso o tempo todo, mas com muita humildade. Humildade tanta que eles falam baixo, quase que de cabeça baixa, certamente ainda reflexo do Apartheid. Os negros são de imensa maioria pela cidade. Eu não sou um estudioso da história africana, mas, devido ao Apartheid, eu imaginava que haviam muitos habitantes de cor branca, mas descobri que 70% da população é formada de negros. E 25% dos habitantes estão desempregados. Ainda como produto daquela segregação racial horrenda, a grande maioria dos empregados é formada por negros. Isso ainda vai demorar muito para mudar. Mas, independentemente de qualquer coisa, eles são um povo muito alegre.




Bom, a primeira impressão foi muito boa! Como nos cansamos da caminhada, ao invés de esticarmos até Bo Kaap, voltamos ao apartamento para pegar o carro e nos aventurar pelas ruas “na contramão”.

Bo Kaap é um bairro com casas com fachadas coloridas. Nós desconhecemos a história, mas deve ter um motivo para isso. Vimos um guia explicando para um grupo, mas não conseguimos chegar perto o suficiente para ouvir as histórias. Tiramos umas fotos e voltamos para tomar banho e assistir ao pôr do sol da Signal Hill.






No caminho de volta ao flat, pegamos a rua na direção errada e acabamos dando uma volta maior por cima de um morro, mas fomos presenteados por uma vista magnífica da Table Mountain.


Pegamos um trânsito bastante considerável até a encosta da montanha. Não sei se era por conta da hora do hush ou porque é o caminho para várias atrações turísticas, mas é bom sempre ter em mente sair um tanto mais cedo para não ter problemas e não confiar no Waze que tem pisado muito na bola ultimamente.

No caminho, já na subida da Signal Hill, tem um recuo onde se pode ter uma vista muito bonita da cidade de Cape Town com a Table Mountain ao fundo. Não paramos pois estávamos com o tempo apertado.

Por sorte, chegamos a tempo no topo da montanha e conseguimos estacionar tranquilamente. Para quem tem essa preocupação e prefere ir de Uber, nossa dica é ir de carro mesmo. Não sei se estamos em uma época do ano de poucos turistas, mas estava relativamente tranquilo. Na volta, vimos alguns carros estacionados na estrada, o que também é uma opção. Mas, considerando que chegamos bem em cima da hora (exatamente no início da Golden hour), se você chegar um pouquinho mais cedo, vai estacionar sem problemas.

A vista é fantástica e nos fez lembrar do pôr do sol de Oia, bairro da ilha de Santorini, na Grécia.






De lá, também se tem uma bela vista da Table Mountain.


Ao anoitecer, fomos até o V&A Waterfront que foi mais uma grata surpresa. Eu imaginava um píer meio decadente com algumas lojas e tal, parecido com Chicago, mas nada disso. Trata-se de um espaço fantástico, muito bem arrumado, com um belo shopping, excelentes restaurantes, uma grande roda gigante, opções para crianças, enfim, vamos voltar de dia e a ideia é investirmos praticamente o dia todo por lá.

Com a insistência da Helô, acabamos indo na roda gigante à noite mesmo embora com a visão comprometida. Depois, paramos para jantar num bom restaurante, com boa comida e apreciamos nosso primeiro vinho sul africano de excelente qualidade (pelo menos para o nosso paladar) pelo preço equivalente a ~R$ 50,00 no restaurante, o que não deixa de ser uma pechincha.

Falando em pechincha, pagamos o equivalente a ~R$3,00 pela noite no estacionamento.

Ah, claro, tenho que falar do carro. A direção hoje foi menos tensa, mas é muito desconfortável dirigir na mão inglesa. O caminho para a Signal Hill é muito sinuoso e estreito e a Fabi passou maus bocados como minha carona. O fato de dirigir pela esquerda, aliado ao fato de nosso carro ser bastante largo (Toyota Rav4), me fazia dirigir muito próximo o limite no lado esquerdo, seja passando muito próximo aos carros ou à ribanceira.

Amanhã iríamos à Table Mountain pela manhã e depois ao V&A Waterfront, mas a previsão do tempo está indicando que vai nublar depois de amanhã em diante. Então, provavelmente vamos trocar o passeio da tarde pelas praias da cidade.


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