Nós
compramos as passagens diretamente com a Latam e o trecho entre Johanesburgo e Cape
Town era operado pela British Airways. E o tempo de conexão era de apenas 1:40,
o que, para uma conexão internacional, é um tempo muito apertado principalmente
por conta da imigração e da distância entre os portões que costuma ser grande.
Enfim,
conhecíamos o risco que estávamos correndo mas, dessa vez, eu já decidi antes
que não me estressaria, haja o que houver. No pior dos casos, perderíamos o
vôo, teríamos nossas malas extraviadas e teríamos que comprar outras passagens
pelo preço balcão. E, se isso acontecesse, eu pagaria tudo na maior
tranquilidade e entraria com mais uma ação contra a Latam.
De qualquer
forma, no check-in em São Paulo questionamos sobre o risco e a despreparada
atendente se limitou a responder que se eles venderam assim é porque daria
tempo. Perfeito. Era tudo o que queríamos ouvir.
Nosso vôo
de São Paulo saiu uns 20 minutos atrasado, mas, num vôo de 10 horas de duração,
o comandante consegue recuperar esse tempo tranquilamente. Claro que hoje isso
não aconteceu e chegamos com mais de meia hora de atraso.
Contra
todas as expectativas, porém, o processo de imigração estava organizado e
rápido. Apenas tomamos um susto quando o policial que fez nosso processo
começou a insistir que precisava da certidão de nascimento da Helô, mas, quando
o caldo começou a engrossar, o colega dele que ouvia a situação no guichê ao
lado disse que o passaporte era suficiente.
Malas
chegaram rápido, mas o carrinho da Helô demorou mais uma meia hora, o que foi o
suficiente para nos fazer perder a conexão.
De qualquer
forma, fomos até o balcão de re-checkin e eles pediram para irmos até a loja da
British Airways para resolver e que, por sua vez, nos mandou ir até a loja da
Latam, literalmente do outro lado do aeroporto.
O rapaz que
nos atendeu disse que o vôo de São Paulo não atrasou e nos mostrou a conta de 9
mil e um monte de Rands, algo em torno de quase R$ 3k. Eu insisti decidido que
essa seria minha última tentativa antes de sacar o cartão de crédito e acho que
fui convincente dessa vez. Ele conversou com alguém e nos encaixou num vôo
pouco mais de 3 horas mais tarde do que nosso vôo original. Depois de tantas
andanças, nem faltaria tanto tempo assim para o embarque.
Para piorar
um pouquinho, a aeronave apresentou algum problema e o vôo atrasou 1 hora. E a
Helô teve algum tipo de choque de adrenalina e passou o vôo de 2 horas
bagunçando como nunca vimos.
Enfim,
chegamos em Cape Town. O Exchange Rate no aeroporto de Johanesburgo estava bem
melhor. Fica a dica.
E chegou o
momento tenso da viagem: dirigir em mão em inglesa. O aeroporto não é longe do
flat que alugamos e a maior parte do percurso foi em autoestrada, mas foi o
suficiente para me confundir todo. Eu liguei o limpador de para-brisa umas 20
vezes ao invés de dar seta. Amanhã o percurso será maior e tende a ser mais
tenso. Acho que em uns 10 dias eu me acostumo com a ideia.
O flat que
alugamos no AirBNB é bem legal e atende muito bem nossas necessidades. Se chama
Metropolitan 504 e fica há uns 2 km do V&A Waterfront. Fomos a pé num
mercado que tem aqui bem próximo e vimos que, realmente, aqui tem muitos
pedintes. Fora tudo o que vimos nos aeroportos, só no caminho para o mercado
hoje, o porteiro pediu para trazermos uma garrafa de Coca Cola e um rapaz nos
pediu para comprar comida pra ele no mercado. Compramos um sanduiche e ele
perguntou do refrigerante. É muita cara de pau ou não é? Coisas como essa nos
tiram a vontade de ajudar as pessoas por aqui.
A Table
Mountain estava toda encoberta hoje à tarde e o pôr do sol promete. Vimos da
estrada um sol lindo e muito amarelo se pôr por trás das construções. Não vejo
a hora de ver esse espetáculo na savana.
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