terça-feira, 10 de abril de 2018

Dia 01 – 10/04/2018 – Chegada à África do Sul

Enfim, chegamos em Cape Town para iniciar nossa jornada de nossas primeiras férias nesse continente cheio de contrastes e belezas. Mas não foi assim tão fácil.

Nós compramos as passagens diretamente com a Latam e o trecho entre Johanesburgo e Cape Town era operado pela British Airways. E o tempo de conexão era de apenas 1:40, o que, para uma conexão internacional, é um tempo muito apertado principalmente por conta da imigração e da distância entre os portões que costuma ser grande.

Enfim, conhecíamos o risco que estávamos correndo mas, dessa vez, eu já decidi antes que não me estressaria, haja o que houver. No pior dos casos, perderíamos o vôo, teríamos nossas malas extraviadas e teríamos que comprar outras passagens pelo preço balcão. E, se isso acontecesse, eu pagaria tudo na maior tranquilidade e entraria com mais uma ação contra a Latam.

De qualquer forma, no check-in em São Paulo questionamos sobre o risco e a despreparada atendente se limitou a responder que se eles venderam assim é porque daria tempo. Perfeito. Era tudo o que queríamos ouvir.

Nosso vôo de São Paulo saiu uns 20 minutos atrasado, mas, num vôo de 10 horas de duração, o comandante consegue recuperar esse tempo tranquilamente. Claro que hoje isso não aconteceu e chegamos com mais de meia hora de atraso.

Contra todas as expectativas, porém, o processo de imigração estava organizado e rápido. Apenas tomamos um susto quando o policial que fez nosso processo começou a insistir que precisava da certidão de nascimento da Helô, mas, quando o caldo começou a engrossar, o colega dele que ouvia a situação no guichê ao lado disse que o passaporte era suficiente.

Malas chegaram rápido, mas o carrinho da Helô demorou mais uma meia hora, o que foi o suficiente para nos fazer perder a conexão.

De qualquer forma, fomos até o balcão de re-checkin e eles pediram para irmos até a loja da British Airways para resolver e que, por sua vez, nos mandou ir até a loja da Latam, literalmente do outro lado do aeroporto.

O rapaz que nos atendeu disse que o vôo de São Paulo não atrasou e nos mostrou a conta de 9 mil e um monte de Rands, algo em torno de quase R$ 3k. Eu insisti decidido que essa seria minha última tentativa antes de sacar o cartão de crédito e acho que fui convincente dessa vez. Ele conversou com alguém e nos encaixou num vôo pouco mais de 3 horas mais tarde do que nosso vôo original. Depois de tantas andanças, nem faltaria tanto tempo assim para o embarque.

Para piorar um pouquinho, a aeronave apresentou algum problema e o vôo atrasou 1 hora. E a Helô teve algum tipo de choque de adrenalina e passou o vôo de 2 horas bagunçando como nunca vimos.

Enfim, chegamos em Cape Town. O Exchange Rate no aeroporto de Johanesburgo estava bem melhor. Fica a dica.

E chegou o momento tenso da viagem: dirigir em mão em inglesa. O aeroporto não é longe do flat que alugamos e a maior parte do percurso foi em autoestrada, mas foi o suficiente para me confundir todo. Eu liguei o limpador de para-brisa umas 20 vezes ao invés de dar seta. Amanhã o percurso será maior e tende a ser mais tenso. Acho que em uns 10 dias eu me acostumo com a ideia.

O flat que alugamos no AirBNB é bem legal e atende muito bem nossas necessidades. Se chama Metropolitan 504 e fica há uns 2 km do V&A Waterfront. Fomos a pé num mercado que tem aqui bem próximo e vimos que, realmente, aqui tem muitos pedintes. Fora tudo o que vimos nos aeroportos, só no caminho para o mercado hoje, o porteiro pediu para trazermos uma garrafa de Coca Cola e um rapaz nos pediu para comprar comida pra ele no mercado. Compramos um sanduiche e ele perguntou do refrigerante. É muita cara de pau ou não é? Coisas como essa nos tiram a vontade de ajudar as pessoas por aqui.

A Table Mountain estava toda encoberta hoje à tarde e o pôr do sol promete. Vimos da estrada um sol lindo e muito amarelo se pôr por trás das construções. Não vejo a hora de ver esse espetáculo na savana.


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