Hoje foi
mais um dia puxado, o dia todo na estrada.
Saímos cedo
de Knysna, na verdade dormimos já depois da divisa com Plettenberg Bay, e nossa
primeira parada foi na Bloukrans Bridge que é a famosa ponte do bungee jumping
em ponte mais alto do mundo!
O cenário é
perfeito! Linda paisagem, a arquitetura da ponte é convidativa, eu estava
morrendo de vontade de ir, mas meio inseguro. Como a Fabi estava me
incentivando fortemente a não ir e como eu estava preocupado com o tempo,
acabei não indo, mas ainda acho que deveria ter experimentado.
De lá,
fomos até o parque Tsitsikamma para passar pelas suspension bridges (pontes
suspensas). Eu coloquei “suspension bridges” no Google Maps, mas o resultado
não foi legal. Ele nos enviou por um caminho em estrada de terra, depois por
dentro de uma propriedade particular e, por fim, em uma porteira de acesso
restrito. Resultado, tivemos que voltar tudo (uns 20 minutos) até uma saída na
estrada para Storms River Mouth, dentro do parque. A entrada é caríssima, mas,
já que estávamos lá, fomos em frente. Depois de parar o carro, é necessária uma
caminhada de 1km por uma passarela de madeira com vários degraus até as pontes.
São 3 no total. A maior atravessa o rio logo acima da foz. É um visual bonito,
mas o mais interessante é mesmo atravessar as pontes tentando se equilibrar
porque o treco balança muito! Depois da travessia eu precisei de alguns
instantes para me recuperar da vertigem.
Almoçamos
no parque mesmo antes de cair na estrada de novo. O serviço na África do Sul,
no geral, é bom, as pessoas são educadas, simpáticas e respeitosas, mas são
muito lentas. Qualquer parada para refeição nos tira pelo menos uma hora e
meia.
Dirigimos
por umas 2 horas antes de chegarmos em Jeffrey’s Bay para visitarmos algumas
praias que vimos várias indicações em blogs. Aí vai meu comentário: as praias
que passamos no caminho entre Mossel Bay e Knysna são muito melhores! Quer
investir tempo nas praias da Rota Jardim? Fique naquelas.
A Paradise
Beach é uma praia de acesso mais difícil, quase que restrita às luxuosas casas
de veraneio. É uma bela praia de areia muito fina (talvez essa seja a vantagem
dessas praias mais do leste), mas não me faria voltar lá. A verdade é que, como
estava começando a escurecer, não aproveitamos nada de nenhuma das praias de
Jeffrey’s Bay.
No caminho
para a Dolphin Beach, passamos ao lado de uma grande favela e com grande
movimentação de pessoas nas calçadas, atravessando a rua, mas não sentimos
medo. Pareciam pessoas muito pobres, mas humanas. Talvez esse sentimento seja
porque isso é o que sentimos da população mais humilde daqui.
Dolphin
Beach é, igualmente, uma bela praia de areia fina e fofa, mas que não é nenhum
absurdo.
Por fim,
queríamos conhecer a famosa Supertubes que é onde tem as baterias da África do
Sul do campeonato mundial de surf. É uma praia mais curta e reservada, em
grande declive e com vários bancos acima para o pessoal assistir às
performances. Mas não chegamos em um dia ou horário bom porque as ondas estavam
bem modestas.
Mais uma
hora e chegamos, já no início da noite, ao nosso Guest House de Port Elizabeth.
É um lugar muito aconchegante e tranquilo, mas quase que ficamos sem
hospedagem. Aparentemente, houve algum erro no Booking.com e cancelaram nossa
reserva da primeira noite, mantendo apenas a segunda. Por sorte, não alugaram
nosso quarto para nenhuma outra família.
Fomos
jantar aqui perto, numa pequena rua com alguns restaurantes, e aconteceu algo
inusitado. Após o jantar, fomos pegar nosso carro e, como em qualquer canto da
África do Sul, tinham os “flanelinhas”, mas, dessa vez, rolou uma briga entre
eles. Aparentemente, tinham dois “clãs”: o de colete e o sem colete. Ambos
vieram receber a gorjeta e começaram a discutir. E eu com o dinheiro na mão sem
saber para quem dar. Quando um agarrou o outro pelo cangote, entrei no carro,
enquanto a Fabi terminava de prender a Helô na cadeirinha. Quando a Fabi entrou
no carro, eu simplesmente dei ré e fui embora sem dar dinheiro para nenhum dos
dois. Que sirva de lição. Com essa manobra eu corria o risco de que fizessem
algo no carro mas eu realmente queria ver o que eles fariam e eu estava certo
quanto ao respeito que eles têm com as pessoas, pelo menos com os turistas. Ou
então o medo que eles têm de represálias.
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