sexta-feira, 13 de abril de 2018

Dia 04 – 13/04/2018 – Cape Town e Cabo da Boa Esperança


Hoje nosso dia se passou quase que totalmente fora de Cape Town. Saímos cedo em direção ao lugar da África citado nos livros de história do Brasil: o Cabo das Tormentas, depois rebatizado como Cabo da Boa Esperança quando o navegador português Bartolomeu Dias conseguiu, por acidente, vencer esse obstáculo tão perigoso que os levavam, pelo mar, ao caminho das Índias.

Bom, história a parte, nossa rota passou por outros lugares muito interessantes no caminho. O primeiro deles que, por sinal é, assim como todos os outros, imperdível, é a estrada de Chapmans Peak. Trata-se de uma estrada curta, mas toda sinuosa, à beira de um desfiladeiro e absolutamente estreita. Se eu ainda não estivesse proficiente em dirigir na mão inglesa, teria ficado hoje. Essa é uma estrada cênica e que se pode ter um resumo de toda a beleza de Cape Town. Eu nunca vi esse tipo de comparação nas minhas pesquisas e não sei se vão concordar comigo (a Fabi concordou mais por educação do que por estar de acordo), mas a vista remonta à baía de Guanabara na cidade maravilhosa, mas sem todas aquelas favelas das encostas dos morros do Rio de Janeiro. Simplesmente, fantástico! Mas tinha um problema. O dia estava chuvoso e com visibilidade muito comprometida. Então, nada de fotos.

Do fim da estrada até Simons Town, são uns 10 ou 15 minutos. É nessa cidade que fica a famosa praia Boulders com muita azaração por todo o lado pelos adoráveis pinguins. Eles são realmente muitos! O lugar é muito bem cuidado e vimos inúmeros filhotes além de incontáveis mamães pinguins chocando seus ovos. Os pinguins cavam um buraco no chão e usam como ninhos. Há também os ninhos artificiais que a reserva dispõe para os pinguins mais exigentes.

Tudo isso, claro, tem um preço e pagamos R76 por adulto e R41 para a Helô.

Para os desavisados, existem dois acessos: um deles, o principal e mais acessado, te leva por uma passarela de madeira que te deixa muito perto dos inúmeros pinguins; o outro, mais escondido e com menos gente, é a entrada para a praia, sem proteção ou barreira, para que se tenha total acesso aos pinguins, mas encontramos não mais de meia dúzia deles – o suficiente.










Feita a visita aos pinguins, fomos em direção ao parque do Cabo da Boa Esperança. Eu não fazia ideia de como era o lugar e pensei que parássemos o carro numa praia com uma placa para os turistas e pronto. Mas não é nada disso. Trata-se realmente de um parque imenso! Da entrada, R147 por adulto e R76 a criança, até o extremo sul, são 12km. Para-se o carro (cuidado com os babuínos!), tira-se foto na placa, mas tem uns caminhos morro acima com vistas de tirar o fôlego! Do outro lado do morro tem uma trilha que leva até o farol do cabo mas voltamos e fomos de carro até lá. Como estávamos muito cansados da subida no morro de pedras no Cabo da Boa Esperança, pagamos para subir de funicular até o farol de Cape Point. Lá em cima, fizemos uma outra trilha, com muita subida, mas ter que escalar morro dessa vez, até quase no farol novo, no extremo sul do cabo.














Os babuínos aparecem aos montes em busca de comida e existem várias placas espalhadas pelo parque alertando para se tomar cuidado com eles. São animais selvagens de grande porte e que roubam comida e tudo o que se parecer com isso sem nenhum pudor. Não chegamos a presenciar nenhuma cena dessas, mas vimos um lugar com muitas embalagens vazias, certamente subtraídas de suas vítimas.



Nesse meio tempo, o sol apareceu castigando com força e vimos uma oportunidade para voltarmos pelo mesmo caminho para tirar fotos da Chapman’s Peak Road. Com isso, acabamos deixando de lado nossa passagem por Muizemberg. Acho que não perdemos muita coisa, mas não chegamos a ir até lá para ter certeza. Na volta, avistamos do alto a belíssima praia de Noordhoek com sua imensa faixa de areia, passamos pela praia de Hout, que também denomina a baía e a estrada continua pela formação rochosa dos 12 Apóstolos, passa por Camps Bay que, para mim, é a Miami Beach sul africana, pelas praias de Clifton, por Sea Point, onde paramos para curtir o pôr do sol, e termina no V&A Waterfront onde terminamos o dia com o jantar.














Passeio fantástico, mas muito cansativo! Deixamos de passar por muitos lugares no parque do Cabo da Esperança porque acabou o tempo e o nosso gás. Aliás, ficamos muito surpresos com a Helô que fez tudo sem reclamar de nada. Aguentou muito mais do que muito marmanjo por aí. Claro que ela fica toda orgulhosa quando falamos isso e agora ela foi promovida a aventureira!

Amanhã a tendência é de que o dia seja mais leve. Vamos começar o dia pelo Old Biscuit Mill, na região de Woodstock, para prestigiar uma feira semanal local e depois vamos passar o resto do dia no V&A Waterfront, com direito a passeio no aquário.

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