quarta-feira, 25 de abril de 2018

Dia 14 – 23/04/2018 – Shamwari e Johanesburgo


Hoje nosso telefone tocou às 5:30 da manhã. Era o nosso ranger nos acordando para nos encontrarmos em meia hora para sairmos para nosso último game driver.

A Helô, diferente das expectativas, acordou toda cheia de energia e pronta para o game. Ela estava aguardando ansiosamente o dia de acordar à noite para sair e ver os animais.

Saímos com o dia ainda escuro, com densa camada de nevoeiro e sob os rugidos dos leões que pareciam estar bem ativos. De qualquer forma, hoje o plano era encontrar os rinocerontes mais de perto.

A névoa estava tão densa que mal podíamos distinguir os antílopes que estavam há poucos metros de distância. Isso dificultava as coisas para nós, mas, segundo nosso ranger, era o ambiente propício para os leões que, com a visão perfeita, se beneficiavam da dificuldade de enxergar em profundidade de suas presas. Não demorou muito e encontramos as primeiras pegadas frescas dos leões. Pouco mais a frente, bingo! Encontramos nada menos que 6 leões caminhando pela estrada. 2 jovens machos treinavam ataque e luta entre eles. Chegamos tão perto que nos misturamos a eles que, por vezes, para nosso desespero, rodeavam nosso 4x4. A visão do amanhecer na selva com aquela névoa que deixava um clima de mistério no ar e rodeados por leões buscando sua caça era fantástica e eletrizante!
































Passamos muito tempo próximos a eles até que os deixamos partir sós. Nosso ranger parecia estar em êxtase! Segundo ele, isso era muito raro de se ver.

Subimos em uma colina para termos uma ampla visão do campo aberto abaixo para tentar localizar rinocerontes e, à primeira olhada, encontramos mãe e filha próximas à estrada. Um pouco mais de procura e encontramos uns 3 ou 4 mais no meio do campo.

Descemos e demos sorte de eles terem todos se deslocado para bem próximo da trilha. E Helô disse que queria vê-los correndo, mas o ranger nos alertou que esse era o único animal que jamais deveríamos querer ver correr porque é perigosíssimo! O bicho invocado dá conta de virar um carro daquele tamanho.












Na volta ao lodge, ainda fomos presenteados com algumas raposas escondidas no mato a uns 100m de distância.


O safari foi uma experiência fantástica! Não nos imaginamos mais visitando nenhum zoológico. Primeiro porque perde a graça já que passamos por toda a emoção da experiência de ver esses animais na selva. Segundo porque dá dó de ver os bichos em cativeiro conhecendo um pouco mais da natureza deles.

Vimos 4 dos Big 5. Sabíamos que seria muito difícil encontrar os leopardos. Mesmo no Kruger, principal safari da África do Sul, não se encontram os Leopardos todos os dias. Segundo nosso ranger, o Kruger tem uma área absurdamente maior e é uma área de floresta que nunca foi alterada pelo homem. Em todos os demais locais, inclusive Shamwari, grande parte da área já foi transformada em fazenda e, nas últimas décadas, com a evolução da consciência sobre a natureza, os animais foram levados de volta para esses locais que passaram a ser reservas privadas. No Kruger, também tem a diferença de vegetação que é a savana e não o semiárido como no West Cape. A savana deve ser um espetáculo à parte.

Como no Kruger não são permitidos os game drives para crianças mais novas do que 6 anos, quem sabe se em nossa próxima visita à África do Sul vamos para lá com a Helô?

Ainda sobre Shamwari, é um passeio extremamente caro, mas nada é tão caro que não possa aumentar. Na semana que vem eles vão fechar o lodge que ficamos, o Riverdene, para uma reforma de alguns meses e a expectativa é que, com a reabertura, passem a cobrar o dobro.

Tomamos nosso café da manhã e saímos em direção ao pequeno aeroporto de Port Elizabeth. Devolvemos nossa Toyota Rav4 com aperto no coração porque é um ótimo carro, porque vamos perder nossa mobilidade e principalmente porque nossas férias estão acabando. Agora só faltam alguns poucos dias em Johanesburgo e voltaremos para casa.

Em Johanesburgo, pagamos mais de R600 no taxi para Sandton, um absurdo! Descobrimos depois que tem um trem direto do aeroporto para uma estação muito próxima ao hotel, mas a passagem também é cara e temos bastante bagagem.

Sandton é uma área bem desenvolvida no norte da cidade e aqui estão instalados os escritórios de várias grandes empresas. Estamos hospedados no Radisson Sandton próximo à estação de trem e somos os únicos turistas em férias. O resto do pessoal é tudo turismo de negócios, o que nos devolve um pouco mais à nossa realidade de São Paulo. O Complexo de Sandton é bem bonito e moderno e tem um grande shopping no terceiro andar de todo o complexo que envolve torres empresariais e hotéis. Foi difícil encontrar o bendito shopping porque não tem entrada para pedestres para o mesmo. A entrada deve ser feita pelas torres empresariais, pelos hotéis ou pelos estacionamentos.


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