quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Dia 19 – 26/09/13 – Munique

Hoje nos despedimos da Europa rumo ao nosso lar.

E choveu. E como choveu. Tínhamos programado ir até o English Biergarten, talvez o maior de Munique, mas cancelamos a visita. Ao invés disso, fomos ao centro histórico tentar almoçar na HofBräuHaus, mas, mesmo tendo mesa disponível, eles só atendem quem tem reserva. Vai entender, né? Uma coisa que notamos, no geral, é que há poucos garçons nos restaurantes, o que torna o serviço, de forma geral, um pouco lento. A exceção é a conta que eles trazem rapidamente e já com uma carteira de dinheiro, o que inclui moedas e que agiliza bastante o processo. Bom, a falta de garçons é uma justificativa provável ao fato de não quererem nos servir na HofBräuHaus. Fomos, então, no concorrente deles, a Augustiner, logo em frente, muito menor, mas com bom atendimento.

Nos despedimos da culinária alemã, eu com meio joelho de porco e a Fabi com meio frango.


Fomos até o centro Olímpico que ajudou a impulsionar a modernização da cidade em preparação para os jogos de 1972 e é uma visita que vale a pena. O centro olímpico é muito bonito e organizado, conta com um belo parque e o estádio de futebol e atletismo é de primeira mesmo não sendo tão recente assim. O local conta também com alguns morros que nada mais são que entulhos gerados com as destruições ocorridas na cidade durante a segunda guerra mundial cobertos com a terra removida para a construção da vasta estrutura de metrô que foi construída para receber os jogos olímpicos naquele ano.





De lá, fomos para o aeroporto e a viagem está declarada encerrada.

Foi uma viagem muito intensa e proveitosa, onde pudemos conhecer muitos lugares realmente especiais. No geral, recomendamos que façam tudo o que fizemos e visitem todas as cidades que visitamos. Não mudaríamos nada no nosso roteiro.

Ponto alto da viagem: as paisagens e a oportunidade de estar presente em locais historicamente tão importantes.

Ponto baixo da viagem: a Fabi não está podendo beber e, embora tenha me incentivado, perdi minha companheira de copo.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dia 18 – 25/09/13 – Munique

No nosso último dia inteiro na Europa, fizemos um tour em espanhol pela cidade histórica de Munique. O tour acontece todos os dias com saída de baixo da porta da Karlplatz com início às 10:00 em espanhol. Nosso grupo era super pequeno. Tínhamos eu, a Fabi e o Andrés, um paraguaio. Passamos novamente por alguns locais que visitamos ontem, mas, agora, com explicações sobre eles e visitamos novos locais. O tour foi bastante proveitoso e valeu a pena. Foram Euro 12 por pessoa.






Depois, no fim do dia, fomos visitar a fábrica da Paulaner e fazer uma pequena degustação. O guia da fábrica é engraçado, mas fala de um jeito estranho e não deu para entender muito o que ele falava. Como estava atrasado e tínhamos outro compromisso, pedimos licença e saímos um pouco antes do final. Valeu por conhecer a fábrica e degustar mais Paulaner.




Para fechar o dia com chave de ouro, fomos até a Allianz Arena assistir o jogo do Bayern de Munique contra o Hannover 96 pela copa da Alemanha. O jogo terminou em 4x1 para o time da casa, uma festa em campo e nas arquibancadas proporcionadas pelos 66.000 torcedores presentes. O jogo foi bom com gol (o segundo) feito após cruzamento do brasileiro Dante. O estádio é muito bonito, com acessos internos fáceis e tudo muito bem organizado. Tem ponto de metrô praticamente na entrada do estádio e, embora os vagões fiquem muito lotados, tudo correu super bem e foi tudo muito tranquilo. Estávamos há mais de 15 estações de distância e tivemos que trocar de trem no caminho para chegar aqui no apartamento e levamos exatamente 1 hora do fim do jogo até chegarmos aqui. Perfeito!




Hoje praticamente nos despedimos da viagem já que amanhã embarcaremos de volta para o Brasil. Postaremos novamente amanhã, mas este post já tem ar de “acabou”. Nos despedimos também da Gi, que nos acompanhou a viagem toda! A Gisele Bündchen é a modelo da rede de jogas H&M e, em todas as estações de metrô que passamos, ela estava presente em fotos e vídeo nos dando força para seguir adiante.

Dia 17 – 24/09/13 – Munique

O post de hoje está sendo publicado tardiamente devido à minha falta de “inspiração” ontem após ter ido à Oktoberfest.

Iniciamos o dia percorrendo parte do centro histórico a pé. Conhecemos a Marienplatz, a catedral, a prefeitura e a igreja de São Pedro que viríamos a descobrir que é o marco do nascimento da cidade de Munique. Subimos no mirante (mais de 300 degraus para não perder o costume) para ter uma vista privilegiada da região central de Munique. Fomos também até a porta da segunda muralha medieval Isartor e, no caminho, acabamos encontrando a cede da cervejaria Hofbräu que tem uma lojinha com produtos da marca, uma grande área com mesas além de um biergarten (jardim com mesas para se tomar cerveja) nos fundos.






Como não tínhamos reservado mesa na Oktoberfest, coisa que deve ser feita com muita antecedência, fomos cedo até o pavilhão para tentar encontrar lugar para nos sentarmos. Minha primeira opção era a Hofbräu e, se não tivesse lugar disponível, tentaríamos na Paulaner. Acabamos que conseguimos lugar em ambas as tendas. Chegamos por volta das 13:00 e passeamos um pouco pelo espaço que inclui as tendas das maiores cervejarias, tendas secundárias, barracas de comida rápida e de souvenir além de um grande parque de diversão.

Não tivemos muita dificuldade para encontrar mesa disponível na tenda da Hofbräu e nos acomodamos. No Oktoberfest é tradição que as cervejarias preparem e sirvam uma cerveja especial que não pode ser encontrada em nenhum lugar fora da festa. Além disso, não existe outra opção de cerveja além da caneca de 1 litro que, com relutância tivemos que encarar. Apreciei meu segundo joelho de porco na Alemanha, quantidade muito aquém da minha expectativa e a Fabi não quis arriscar nada que não fosse uma salada de batatas, mesmo porque só tinha opção de cardápio em alemão.






O local é bem animado e não presenciamos incidentes como brigas. É muito frequentado por famílias, principalmente durante o dia.

Após a segunda caneca, fomos arriscar a sorte na Paulaner e conseguimos um lugar no biergarten. Mais uma canequinha lá e não me lembro de muita coisa depois disso. Sei que voltamos para o apartamento e eu dei um cochilo necessário e que me permitiu voltar à festa à noite para desfrutar no período em que tem mais gente. Mas sem mais cervejas por hoje.

Tanto à noite quanto durante o dia, a maioria dos frequentadores usam roupas típicas da Baviera o que cria um clima ainda mais agradável no ambiente.

À noite, porém, e como era de se esperar, é mais comum encontrar com pessoas bêbadas mas, mesmo assim, não notamos incidentes, pelo contrário, entrando numa tenda até nos puxaram para dançar. O clima é muito diferente por ter muita gente em pé (em cima dos bancos das mesas) cantando e bebendo.  

Enfim, é uma festa que recomendamos para quem tiver a oportunidade de presenciar.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Dia 16 – 23/09/13 – Füssen / Munique

Nos despedimos da Áustria e, de volta à Alemanha, nossa próxima parada foi Füssen para visitar os castelos Hohenschwangau e Neuschwanstein, este último, um castelo de conto de fadas no qual, dizem, o Walt Disney de inspirou para criar o castelo da Cinderela.

Realmente, o castelo de Neuschwanstein parece ter saído de um sonho e foi exatamente o que aconteceu. O rei Luiz II (Ludwig II) da Baviera que viveu no século XIX era fascinado pela idade média e, após ter perdido importante batalha, vivia cada vez mais recolhido e começou a planejar a construção de um castelo grandioso para que pudesse viver como se estivesse realmente na idade média. Pouco tempo após ter se mudado para o castelo, foi considerado louco e morreu 2 dias depois. O castelo nunca foi totalmente concluído mas o que podemos visitar mostra um castelo luxuoso e de muito bom gosto além de muito tecnologicamente avançado para sua época.

Ambos os castelos eram do rei Luiz II e ficam a uma distância próxima um do outro podendo percorrer o caminho a pé, em ônibus ou de charrete. Nós fizemos o percurso a pé e só descemos de ônibus porque já estava no ponto quando passamos e vimos que caberíamos.

O ingresso para cada um dos castelos custa Euro 12 e o pacote para ambos custa Euro 23. Tem também a opção de visitação do museu que optamos por não fazer e nem lembramos quanto custa. Esses são preços para entrar nos castelos fazendo visita guiada em Alemão ou Inglês ou ainda utilizando o áudio guide com opção para Português com sotaque europeu. Se quiser, não precisa fazer o tour no interior dos castelos e, nesse caso, não se paga nada.

O passeio todo leva em torno de 3 a 4 horas contando deslocamentos. Quando se compra os tickets combinados, eles sempre te dão o segundo castelo com horário da visitação com 2 horas de intervalo em relação ao primeiro. Pode-se pensar que tem tempo de sobra, mas não tem. Tudo tem que ser feito rapidamente para não se perder os horários e as caminhadas ou mesmo a fila do ônibus são longas, mesmo nessa época que temos encontrado pouca gente pelas cidades que visitamos e pelo fato de hoje ser segunda-feira.

Os castelos ficam em uma região montanhosa dentro de lindas florestas e próximos de lagos de encher os olhos. Os olhos ficam ainda mais cheios quando chegamos à ponte que dá uma vista privilegiada do castelo de Neuschwanstein que, embora seja de madeira e ranger muito ao se caminhar por ela, estava totalmente tomada de gente de todo canto com suas câmeras fotográficas em punho e tirando lindas fotos.









De lá, partimos para nosso último destino, Munique. Pegamos, novamente, estradas sinuosas, passando por várias cidadezinhas de uns 50 habitantes, tivemos que parar em um momento para esperar as vacas atravessarem a rua para seu passeio vespertino e, enfim, caímos em uma Autobahn novamente e a Fabi, que estava dirigindo, se despediu ultrapassando os 170km/h.

Chegamos no apartamento que alugamos via VRBO e é muito bom! Apartamento grande, todo equipado e muito bem decorado. Nossa primeira experiência fazendo esse tipo de locação excedeu as expectativas. Só a localização aqui que não sabemos se é boa já que chegamos no fim da tarde e não vamos fazer o reconhecimento da área até amanhã de manhã. Fomos apenas no supermercado há uns 500 metros daqui fazer compras para nosso café da manhã e essa não nos pareceu ser uma zona turística.

Amanhã tem Oktoberfest!

domingo, 22 de setembro de 2013

Dia 15 – 22/09/13 – Innsbruk

Sehr traurig.

Hoje é nosso último dia na Áustria e estamos em Innsbruk.

Saímos cedo de Salzburg e pegamos pouco mais de 2 horas de estrada e passamos por uma parte da Alemanha para chegarmos aqui. Hoje pegamos somente rodovias e não mais as pistas sinuosas de mão dupla tão comuns aqui na região dos Alpes. Mas tem todo o caminho, desde que saímos de Berlin, as estradas estão em constantes obras de melhoria. Isso é um pouco incômodo, mas, por outro lado, as pistas estão sempre em excelente estado. Falando nas rodovias, na região dos Alpes tem muitos túneis, alguns com mais de 3km de extensão.

Chegamos em Innsbruk por volta do meio dia e, por ser domingo, acho que todos estavam almoçando porque as ruas estavam praticamente desertas. Isso foi bom para conseguirmos dar umas três voltas por perto do hotel para procurar a melhor opção de estacionamento, isso porque o hotel (Weisser Rössl) fica no centro histórico da cidade que não tem acesso para carros. Já estamos descolados sobre esse tipo de situação.

Aliás, uma dica muito importante para quem faz o tour de carro pela Europa como nós gostamos de fazer é, sempre que possível, dirigir durante o dia. Isso te faz aproveitar as lindas paisagens do caminho e conseguir se achar melhor pelas pequenas estradas e ruazinhas das cidades, além, é claro, de facilitar muito nas cidades em que o estacionamento fica fora do hotel, até há algumas quadras de distância em algumas situações.

O centrinho histórico da cidade é muito bonito, mas minúsculo! Aqui existem basicamente pequenos hotéis, lojinhas de souvenir e restaurantes, a maioria italianos pela proximidade que estamos da Itália (menos de 60km da fronteira). Paramos para almoçar uma autêntica pizza italiana, como as que comíamos em Nápoles, e muito melhor que a que comemos em Praga. Para acompanhar, bebi minha primeira Paulaner da viagem. Estava guardando para Munique, mas não resisti.

Até que tem bastante gente pela cidade incluindo alguns brasileiro. Subimos na torre do relógio para uma vista privilegiada da cidade e nossas pernas praticamente subiram sozinhas os quase 150 degraus por condicionadas que estão a subir e descer escadas.


Passamos pelo famoso Telhado Dourado (Goldenes Dachl) que fica muito perto do nosso hotel, pela bela igreja de St. Jakob que certamente merece uma visita e andamos por todo o centro histórico.






Fomos até o funicular para subir até o topo da montanha para uma vista privilegiada da região, mas a subida toda custava Euro 28.50 por pessoa e desistimos mesmo porque a montanha aqui está com muita pouca neve e já tínhamos visitado o Grossglockner com vistas muito mais maravilhosas. A subida a esse preço vale a pena na época do inverno já que, além de ser um mirante, Hungerburge é uma estação de esqui e das mais famosas da região.


Paramos para um café e fomos passear às margens do rio Inn que dá o nome à cidade (já que brüke é ponte em alemão). O rio é de um verde encantador. Todos os rios que visitamos têm água muito clara e em belo tom de verde, mas o rio Inn em especial é realmente incrível!




Como a cidade é bem pequena e não se tem muito o que fazer por aqui (como turista) a não ser comer, beber e ver o movimento, nos demos um período de descanso merecido para celebrar nosso último dia na Áustria.

Dei uma cochilada no fim da tarde e a Fabi ficou pesquisando mais algumas coisas da cidade e descobriu que o jardim que visitamos à tarde é o Jardim Imperial construído no século XVI sob ordens da onipresente Maria Theresa. Viu também que o Arco do Triunfo da segunda metade do século XVIII não fica longe do hotel e fomos até lá antes do jantar que, a propósito, foi no mesmo lugar do almoço para garantir minha outra Paulaner.



Amanhã é dia de visitar os castelos de Füssen e ir para Munique.

Para quem possa interessar, você pode ampliar as fotos clicando nelas.


sábado, 21 de setembro de 2013

Dia 14 – 21/09/13 – Salzburg

Como o hotel em que estávamos não tem café da manhã gratuito e a opção de pagarmos Euro 10 cada tinha que ser previamente agendada, saímos a pé até um Café bem próximo, mas, adivinhem. Estava fechado. Então, voltamos, fizemos check out e fomos para o centro da cidade fantasma procurar alguma outra opção. O estacionamento da estação de trem também estava vazio e paramos por lá. Por fim, encontramos uma padaria aberta esperando por nós.

Nesse meio tempo, a Fabi sugeriu que pulássemos a ida ao lago Konigssee no extremo sul da Alemanha já que já tínhamos visitado o lado Hallstatt e estávamos em uma cidade com um belo e grande lago e podíamos passear por lá. Esse era o plano mas começou a chover fraco e, da margem do lago já tínhamos uma boa vista do mesmo. Então, decidimos ir mais cedo para Salzburg e aproveitar a tarde toda por lá. Com isso, fora o tempo de parada em Konigssee, economizamos uma hora de estrada que hoje, talvez por ser sábado, estava mais cheia.

Chegamos a Salzburg e a primeira impressão foi mediana. Nos alojamos, então, no hotel Hof-Wirt que fica próximo aos jardins de Mirabel e saímos a pé para conhecer a cidade que, a cada passo, foi ficando mais interessante.

Primeiro, descobrimos que tem um cemitério na igreja que fica na rua do hotel e que, invariavelmente, passamos em frente para ir e vir do hotel, inclusive à noite. Tudo bem, isso não é bem interessante. Depois, fomos até os jardins de Mirabel, muito bonitos, e que emolduram um castelo com o mesmo nome e que era usado como residência de verão das famílias reais da época. Dos jardins, se pode ter uma bela visão do castelo Festung Hohensalzburg.



Dos jardins, atravessamos o belo rio Salzach e avistamos uma feira livre do outro lado. Passamos por lá para conferir e era uma feira de artesanato.



Passamos pela charmosa rua Getreidegasse até avistarmos um tipo de feira ou festa ocorrendo nas praças principais da cidade velha, o que, só depois, viemos a descobrir que trata-se de uma festa em comemoração do fundador da cidade e que começou ontem e vai até terça-feira. Então, chegamos por aqui no dia certo! Estamos presenciando uma típica festa austríaca e a cidade está cheia!



Praticamente envolta pela festa fica a catedral da cidade, em estilo Barroco, onde Mozart foi batizado e que, segundo algumas teorias, sua construção original foi concluída no ano de 774. No centro histórico fica também a casa de Mozart mas não entramos.



Subimos mais um funicular e fomos conhecer o belo castelo que é o principal de 3 que fazem parte do conjunto de castelos da região e que serviam o mesmo reino. O segundo é o que visitamos ontem em Werfen e o terceiro fica mais ao sul e não chegaremos a conhecer nessa viagem.

Paga-se Euro 11 cada para subir no castelo e tudo está incluído. Tem um áudio guide como no de Werfen mas sem ninguém falando junto em alemão. A visita é bastante rápida, mas vale pela história do castelo e pela vista que se tem da torre que só se chega através desse passeio. Visitamos o restante do interior do castelo por conta e constatamos que é bastante vasto.




Nosso plano que era comer uma torta Sacher na filial do hotel de mesmo nome em Salzburg e jantar em um bar/restaurante aqui perto do hotel, no entanto, mudamos de ideia quando ficamos sabendo da festa da cidade e fomos para lá aproveitar a oportunidade.

O clima da festa é bem parecido com o que imaginamos que seja a Oktoberfest. Muita gente pela festa, a maioria bebendo, mesas de madeira com bancos para 3 ou 4 pessoas e todos se sentam juntos com suas cervejas e comidas típicas.

Eu peguei um pedaço de porco e a Fabi meio frango assado. Tudo isso acompanhado de batatas e um pedaço de pão especial. Muita comida! Nem dei conta de partir para a segunda cerveja.