sábado, 14 de setembro de 2013

Dia 07 – 14/09/13 – Praga

Em 3 dias na República Checa, aprendemos duas palavras: “né” e “té”.

Aprendemos que, em um bar, quando se está bebendo cerveja e se quer parar, quando o garçom oferecer mais uma, não se deve dizer “no” que, em checo, é o diminutivo de “anó” que quer dizer “sim”. Então, para não correr o risco, se deve dizer “não” em checo: “né”. A história do “té” está mais abaixo.

Depois da andança de ontem, acordamos um pouquinho mais tarde e prometemos andar menos hoje. Começamos o dia com um tour (novamente em espanhol) pela torre da câmara antiga de Praga, onde fica o relógio astronômico. Falando no relógio, essa é uma das principais atrações turísticas da cidade e trata-se de uma engenhoca bem sofisticada que indica o horário de algumas formas e medidas diferentes. De hora em hora, uma multidão de gente se reúne em frente ao relógio para vê-lo funcionar: toca uma música, as estátuas ao seu lado se mexem, os apóstolos acenam pela janela e, ao final, um galo dourado que fica no topo da torre canta, como se fosse um cuco.

Por falar em multidão, hoje foi a primeira vez que vimos uma multidão de turistas reunidos nessa nossa viagem. Foi também o primeiro dia que não choveu nem um pouquinho. O sol apareceu e fez um belo dia, com temperatura indo até os 20 graus! Não sabemos se é por esse motivo ou se porque hoje é sábado ou pelos dois motivos juntos, mas hoje tem bastante gente por aqui.

Bom, voltando ao tour pela torre, compramos um ingresso que incluía a visitação à torre em si e às casas que compunham a câmara da época e apenas esse era guiado. Como tínhamos uns 20 minutos antes de começar o tour, subimos na torre antes para uma vista privilegiada da cidade por outro ângulo. Conspirando a nosso favor, essa é a única torre (fora as altíssimas como a Torre Eiffel e a Torre de TV em Berlin) que já subimos até hoje que tem a opção de usar elevador.






O tour pelas antigas casas da câmara inclui visitação ao subterrâneo e pudemos ver construções dos séculos XI e XII. O passeio vale a pena e não é dos mais caros. O ingresso para as 2 atrações nos custou Kc 160 cada, o que equivale a Euro 6,40.





De lá, voltamos para o bairro judeu para visitar as sinagogas e o cemitério, mas, como hoje é sábado, dia sagrado para os judeus, estava tudo fechado. A Fabi ficou chateada, mas eu não fazia muita questão dessas visitas e seguimos o passeio.

Entramos na igreja de São Nicolau e a Catedral Týn, muito belas.

Fomos, então, para a cidade nova passear com calma já que nossas passagens anteriores por ela foram muito rápidas. A construção da cidade nova foi autorizada pelo Rei Carlos, o mesmo responsável pela construção da Ponte Carlos. Então, a cidade nova não é tão nova assim, mas nota-se a diferença para a cidade antiga principalmente pela largura das ruas. Fomos até o museu nacional que está fechado em reforma até 2015 e, de lá, fomos visitar o tal do “prédio dançante” que a Fabi tinha visto em algumas referências.

O caminho que fizemos (estávamos na cidade nova) foi relativamente longo e, meio que por rumo, achamos a tal construção. A Fabi ficou meio desapontada com o que viu, mas é exatamente o que se vê nas fotos. Como dizem os americanos, “what you see is what you get”. O prédio, na realidade não dança, mas pela arquitetura, dá a impressão que está em movimento. Para ajudar a quem queira visita-lo, o prédio fica à margem do rio, do lado oposto ao castelo, 3 pontes rio acima da Ponte Carlos, sentido sul.


A razão nos dizia que deveríamos pegar o bonde e subir até a ponte Carlos, mas vimos grande movimentação na margem do rio, descendo as escadas e fomos dar uma espiada. Antes disso, paramos para mais uma cervejinha. Vamos notar muita diferença quando voltarmos para o Brasil no tamanho das taças de cerveja já que, por aqui, é padrão a caneca de 500ml.

Parada devidamente feita, percebemos que a muvuca que tínhamos visto era de uma feira popular. Parte da feira era de venda de produtos de segunda mão, tipo uma feira do rolo, mas com os produtos todos aparentemente em perfeitas condições.


Outra parte da feira era composta por algumas banquinhas com um pouco de legumes e de frutas e por outras de comida pronta. Como estávamos começando a ficar com fome, resolvemos encarar essas comidas típicas dos checos, assim como o pastel é para os brasileiros. Gostamos de uma barraquinha em especial que estava vendendo 3 tipos de pães recheados e fritos. Muito diferente de tudo o que já vimos. Porém, queríamos saber o que tem dentro deles e fomos tentar falar com a feirante. Ao perguntarmos se ela fala inglês, eis que nos responde: “né, né, né” e, depois, apontando para cada um dos tipos de “pão” que ela estava vendendo, disse: “té, té, té”. Eu fiquei com o terceiro “té” e a Fabi com o segundo. Não temos a confirmação da tradução, mas, pelo que entendemos, “té” significa “isso”.

Demos mais um passeio pelo outro lado do rio (lado do castelo) e tiramos mais algumas boas fotos.


Na volta, em frente ao prédio da Ópera, estava tendo apresentação de uma pequena orquestra pelo Festival Internacional de Música de Praga. Nos sentamos um pouco para curtir a boa música clássica gratuitamente e terminamos nossa visita a Praga por aí.

Amanhã cedo vamos seguir caminho para Cesky Krumlov, uma cidadela ainda na República Checa torcendo para que o clima continue como hoje.


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