Gelo. Essa foi a temática do
nosso dia hoje.
Saímos cedo de Hallstatt em
direção a Werfen, sempre por estradinhas de mão dupla e cheias de curvas. Tínhamos
2 objetivos a cumprir nessa cidade: a caverna de gelo, Eisriesenwelt, e o
castelo, Hohenwerfen Fortress.
Visitamos ambos e temos dicas:
A caverna de gelo é para os
heróis! Se resolver ir até lá fazer a visita, saiba que vai enfrentar 3 horas
de passeio subindo e descendo rampas íngremes e escadas, tudo isso em uma
altitude de 1500m a 1650m aproximadamente. Então, vá, mas vá preparado. Nós que
não podemos nos considerar sedentários sofremos um bocado. A caverna em si tem
42km de extensão, mas apenas o primeiro quilômetro é aberto para visitação. É uma
pena que não pode tirar fotos porque o visual é realmente muito bonito! Dentro da
caverna é comum experimentar temperaturas abaixo de zero grau e hoje não
sabemos como estava, mas estávamos com calor devido à intensa atividade física
e ao fato de termos ido preparados quanto à roupa. Embora não se possa
fotografar o interior da caverna, a Fabi conseguiu tirar algumas (jeitinho
brasileiro).
Do lindo caminho até a caverna de
gelo, já avistamos nossa próxima parada, o Castelo Eisriesenwelt, que está construído
no topo de uma colina de pedras. Para subir até lá, ou precisa-se de mais uma
bela caminhada, ou se pega um funicular. Aliás, nunca pegamos tantos
funiculares em nossas vidas! Devido ao nosso estado físico um tanto quanto
deteriorado, obviamente optamos pela opção mais cara. O castelo do século X é
pequeno, mas muito preservado e charmoso. Fizemos uma visita guiada estranha
onde a guia ia falando em alemão e nós íamos ouvindo pelo áudio guide no idioma
que escolhemos (é claro que não tem opção em português mesmo com a “invasão”
brasileira pelo mundo, no entanto pela 1ª vez nesta viagem não ouvimos português!).
Ao final, já com muito frio, assistimos a um show que é apresentado no castelo duas
vezes todos os dias de voo de águias. Interessante.
Antes de iniciarmos o tour no
castelo, aconteceu um pequeno acidente: a Fabi foi picada no dedo da mão
esquerda por uma abelha e está com ele bem inchado. A coitadinha ficou chorando
de dor e de susto e o pessoal começou a ficar olhando torto pra mim como se eu
tivesse feito alguma coisa. Mas não é nada demais. Embora ainda esteja inchado
e doendo, ela já parou de se queixar no próximo destino, a estrada
Grossglockner.
O desfecho do dia foi sensacional! Pé na estrada de novo rumo à
montanha Grossglockner que é atingida através da estrada de mesmo nome que
passa pelas montanhas e tem pouco mais de 33km de extensão. A estrada leva as
cidades dos pés desse conjunto de montanhas como Zell Am See até a montanha e
acaba ali. Então, para visitar, se tem que considerar 70km de estrada alpina,
para ir e voltar, com curvas muito fechadas, bastante estreita e à beira do
precipício. Para quem curte moto, esse passeio é animal; encontramos vários
motociclistas curtindo essa estrada. Além disso, no início dessa estrada
pagamos nosso primeiro pedágio da viagem, as que valeu por todos os dias: Euro
33! Mas a vista compensa tudo! Pela estrada, mesmo estando no final do verão,
ainda conseguimos ver vários pontos de neve. No topo das montanhas, então, nem
se fala. No topo da Grossglockner a sensação térmica era, sem dúvida, negativa
porque além de estar muito frio mesmo, venta muito.
Vamos dormir hoje em uma pequena
cidade com um belíssimo lago (que ainda não vimos) chamada Zell Am See. Saímos para
jantar no centrinho da cidade e parecia uma cidade fantasma. Antes das 8 da
noite e não tinha quase ninguém na rua. Depois começou a aparecer algumas
pessoas, mas só os restaurantes estavam abertos. Nem o supermercado ficou
aberto. Deve estar tendo alguma convenção árabe por aqui porque, das 18 pessoas
que vimos na rua essa noite, 15 delas usavam vestimentas muçulmanas.
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