Hoje foi dia de, com muito pesar,
deixar a República Checa para trás e rumarmos para a segunda parte da nossa
viagem, na Áustria.
Não sei se por falha no GPS ou se
é isso mesmo, mas fizemos todo o percurso de Cesky Krumlov até Viena todo por
estradas vicinais e passando por dentro de cidadezinhas de uma rua de 300m e
por dentro de fazendas. Foi uma viagem muito agradável especialmente para os
olhos.
Hoje a Fabi dirigiu o Mercedes
pela primeira vez e não teve outra opção a não ser aprovar. Espero que ela não
tome tanto gosto.
Uma dica importante é que para
dirigir nas estradas da Áustria, é necessário colar um adesivo no para-brisas
do carro chamado “Vinhete”. Os postos de combustível maiores nas regiões de
fronteira, tanto da Áustria quanto nos outros países têm para vender. Pagamos Euro
8,40 por um com validade de 10 dias que é o tempo mínimo vendido. Não foi tão
fácil comprar porque tentamos em alguns postos menores e, além de não falarem
inglês, não tinham o tal vinhete.
Chegando em Viena nos deparamos
com uma cidade grande, ao estilo de Berlin. Ao menos, na Áustria se fala alemão
e conseguimos entender algumas placas para nos ajudar a discernir o que é
proibido no trânsito aqui e o que é permitido.
Embora Viena seja uma cidade
muito grande, principalmente na região central, onde está localizado nosso
hotel, os prédios não contam com estacionamento. As pessoas aqui usam muito
transporte público que pareceu funcionar muito bem e existem alguns bolsões de
estacionamento pago. Nosso hotel, portanto, não tem estacionamento e paramos em
uma rua próxima em uma vaga que não sabíamos (e ainda não sabemos) se tinha que
pagar algum tipo de zona azul ou se era livre. Fomos para o hotel rapidamente
e, por sorte, deixamos as malas no carro. Ao chegar no hotel, nos disseram que
houve um problema com nossa reserva e que tínhamos que nos dirigir a um outro
hotel próximo, também muito bom, e com mesmo preço. Sem outra opção, fomos até
lá e encontramos um hotel bom, mas de qualidade inferior, em um local feio e
que não nos daria coragem de caminhar à noite nas proximidades e com preço Euro
20 inferior. O preço só descobrimos porque perguntamos. Caso contrário, iriam
nos cobrar a mesma diária do nosso hotel original.
Fizemos check in, nos acomodamos
e fomos a pé ao hotel original, o Hotel Kummer. Chegamos com cara de quem iria
fazer barraco e dissemos que não gostamos da outra opção e que eles teriam que
dar um jeito mas que nos hospedaríamos nesse hotel. Acho que percebendo nossa
decisão, encontraram uma forma de nos hospedar e combinamos que trocaremos de
hotel amanhã. Para mim, eles reservam os quartos indiscriminadamente e, quando
estão over booked, enviam os hóspedes que pagaram mais barato para outros
hotéis mais simples.
Bom, passado esse estresse, paramos
em um tipo de padaria próxima para comer alguma coisa (já eram 15:00) e tomamos
um baque da dura realidade ao notar que voltamos a pagar as coisas em Euro e
que na República Checa tudo é bem mais barato. Essa foi minha primeira refeição
sem cerveja e passei por crise de abstinência a tarde toda. Enquanto comíamos e
tentávamos decifrar o mapa, eis que surge um brasileiro que vive aqui em Viena
se oferecendo a nos ajudar e nos deu algumas dicas básicas mas que nos ajudou bastante.
Fomos até o castelo Shlönbrunn,
residência de verão da então rainha Elisabete. É um castelo formidável, com um
jardim belíssimo e muito bem cuidado! Fizemos um tour pelas dependências do
castelo, mas não é possível fotografar. Com tamanha riqueza das famílias reais,
não é difícil entender de onde vem o impulso quase incontrolável de nossos políticos
pelo enriquecimento mesmo que seja através da corrupção. O castelo faz lembrar
muito o castelo de Versalhes, na França.
Voltamos para o hotel e, como a
estação de metrô não fica tão próxima e como a região parece pouco amistosa, resolvemos
não arriscar e jantamos em um restaurante italiano bem simples na esquina do
hotel.
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