quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dia 12 – 19/09/13 – Hallstatt

Cultura inútil: em todos os banheiros que passamos durante toda a nossa viagem até agora, o que inclui os dos hotéis em que nos hospedamos, do metrô, museus etc, tem a escovinha de lavar a privada. Não sabemos ao certo o motivo, mas suspeito que seja porque se come muita carne de porco por aqui. Ainda sobre os banheiros, em todos os hotéis que ficamos até agora, o que nos leva a crer ser um padrão, o interruptor da lâmpada do banheiro fica do lado de fora.

Nossa viagem foi longa mas com vistas espetaculares! Passamos por um castelo já praticamente em ruinas construído no alto de uma montanha de pedras, pena que não conseguimos tirar foto. Como estamos passando por uma região muito montanhosa, a estrada tem muitas curvas e túneis e, não sabemos o porquê, mas alguns semáforos em plena estrada sem que haja nenhum cruzamento. Numa dessas paradas, o motorista do Mini Cooper da frente devia estar se acostumando com o carro e começou a dar ré na saída do semáforo. Tive que buzinar e, por sorte, o rapaz estava atento e brecou centímetros antes de bater em nosso carro, digo, Mercedes.

Enfim, chegamos no nosso hotel que fica em Obertraun e já nos instalamos em nosso hotel que fica à beira do lago Hallstatt, o Haus Am See. Pena que não reservamos um quarto com vista para o lago que é magnífica e eles estão com todos os quartos com reserva e não conseguimos mudar.

Conversamos com a recepcionista que nos atendeu e nos deu a dica de irmos para Hallstatt que fica do outro lado do lago, visto que estamos hospedados em Obertraun, de trem e barco ao invés de irmos de carro por causa da vista. De fato, o bilhete de trem e depois do barco ficou em Euro 9 cada para ida e volta, mas valeu a pena principalmente pela vista que a travessia de barco nos proporciona.



Mas não foi tudo tão fácil assim. Quando descemos do trem na estação indicada para pegarmos o barco, não havia nem sinal do barco e nem de ninguém no píer e todas as informações estavam em Alemão. Pensamos que tínhamos nos metido em uma roubada e estávamos cogitando voltar no próximo trem e pegar o carro. Mas, então, avistamos um barco vindo em nossa direção e nosso dia foi salvo. Assim como na maioria dos lugares em que temos visitado, estava tudo muito vazio. Só eu e a Fabi embarcamos e eu estava com dó do barqueiro que tinha que fazer a travessia só por causa de nós dois. Foi quando chegou o trem vindo da outra direção e aquilo parecia o êxodo japonês! O barco ficou apinhado de japoneses, a maioria com malas, ao ponto que pensei que fosse afundar.

Travessia feita, paramos para almoçar à beira do lago e depois fomos procurar o funicular que a Kelly também nos indicou. A subida é caríssima (Euro 13 cada) mas a subida a pé, na altura do campeonato, não era uma opção e, então, tivemos que encarar. Os mais corajosos sobem a pé e fazem trilhas por aqui mesmo sendo uma região muito montanhosa e não sabemos até onde essas trilhas levam embora pareça ser muito interessante para os adeptos do trecking. A vista lá de cima é encantadora e faz valer o investimento. Tiramos fotos belíssimas e passamos algum tempo apreciando a magnífica vista. Não é à toa que é considerada patrimônio da humanidade pela UNESCO. O verão por aqui deve ser bem gostoso, tomando uma cervejinha na beira do lago. Não que não seja gostoso no início do outono, mesmo porque foi aqui que tomei a cerveja mais gelada em toda a viagem.






O lago está bem cheio e está invadindo algumas propriedades em sua margem. Não sabemos se isso é sazonal ou se o lago está enchendo devido ao derretimento do gelo das montanhas decorrente do aquecimento global, mas pelo frio que fez hoje, deve ser normal e achamos que o nível da água vai voltar ao normal em alguns dias ou semanas.

Após a descida, passeamos mais um pouco pela cidade tomada pelos japoneses que a essa hora já haviam se multiplicado ainda mais e o frio começou a apertar. Pegamos o último barco e o último trem de volta a Obertraun e, quando tínhamos embarcado no trem, vimos mais uma meia dúzia de japoneses descer do trem em direção do píer que, a essa hora, não tem mais nenhum barco. Os caras desceram do último trem no píer que não tem mais barco. E a cidade mais próxima é a que estamos hospedados há uns 20 minutos de caminhada, o que deve ser ainda mais puxando mala, no frio e na noite caindo. Ficamos com dó, mas não tínhamos como avisá-los. Que tenham sorte! E que tenham sido escoteiros na juventude!

Enfim, Hallstatt é maravilhoso e vale muito a pena passar um dia por aqui!

Não percam o post de amanhã que também promete novas aventuras e belíssimas fotos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário